quarta, 24 de setembro de 2025
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SEFAZ-BA DIZ QUE ALTA NA ARRECADAÇÃO FOI DECORRENTE A CONJUNTURA ECONÔMICA DO PAÍS

João Paulo - 24/09/2025 07:00

O governo Jerônimo Rodrigues (PT) bateu recorde de arrecadação de impostos em 2024. Apenas no ano passado, a receita estadual superou em quase R$ 7 bilhões o que estava previsto: eram esperados R$ 41,65 bilhões, mas o caixa fechou em R$ 48,90 bilhões. A tendência é que, em quatro anos, Jerônimo supere a arrecadação do segundo mandato de Rui Costa (PT). A Secretária da Fazenda do estado comentou as notícias do recorde de arrecadação do governo do estado em 2024. Em nota enviada ao portal Bahia Econômica, a secretaria afirmou que a conjuntura econômica que o pais vive foi fundamental para a alta na arrecadação de impostos.  Segundo o documento, mesmo com a alta na arrecadação, o estado ainda ocupa o 18⁰ lugar no país ao se calcular a receita tributária per capita, ou seja, quando o parâmetro é o volume de recursos oriundos de impostos dividido pela população do estado.

Veja a Nota na integra

Além de refletir o esforço do fisco estadual, o desempenho da arrecadação tributária no atual governo tem sido favorecido pela conjuntura econômica brasileira, que nos anos recentes registra forte expansão, aproximando o país do status de pleno emprego. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 3,2% em 2023 e 3,4% em 2024, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre de 2025, ainda conforme o IBGE, a alta do PIB brasileiro foi de 1,4%, resultado que levou o Brasil a atingir, em ranking elaborado pela Austin Rating, a 5ª colocação entre as 49 economias globais que mais cresceram.

Entre 2019 e 2022, em contraste, o ritmo foi menor: a economia brasileira cresceu em média 1,45% ao ano, também de acordo com o IBGE. A taxa de desemprego foi de 13,5% em 2020, no auge da pandemia, e de 13,2% em 2021, ante os atuais 5,6%, mínima histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

A melhoria no desempenho da arrecadação, no entanto, não significa que as receitas estaduais são suficientes para o pleno atendimento às demandas da sociedade baiana. Com a maior parte do seu território no semi-árido e uma população majoritariamente pobre, como resultado de um processo histórico que deixou os estados das regiões Norte e Nordeste por muito tempo à margem do crescimento econômico brasileiro, a Bahia ocupa o 18⁰ lugar no país ao se calcular a receita tributária per capita, ou seja, quando o parâmetro é o volume de recursos oriundos de impostos dividido pela população do estado.

Competitividade

O índice mais eloquente no que diz respeito à competitividade baiana é a implantação da BYD em Camaçari para produzir veículos elétricos e híbridos em larga escala. A planta da gigante greentech chinesa coloca a Bahia  em posição de liderança no processo de neoindustrialização brasileiro, e está longe de constituir um fato isolado: o estado vem atraindo outros projetos relevantes neste âmbito, implantados e em implantação, em áreas como energias renováveis e novas tecnologias. A Bahia é líder nacional na produção de energia eólica e vice-líder em geração fotovoltaica. Desponta ainda com megaprojetos de agroindústrias, em especial na área de biocombustíveis, na região Oeste. No que diz respeito à inovação, ressalte-se o Parque Tecnológico Aeroespacial do Estado da Bahia, novo polo em implantação por meio de parceria entre os governos federal e da Bahia e o Senai Cimatec. Trata-se do primeiro parque aeroespacial do Nordeste e segundo do Brasil.

Além do aporte tecnológico trazido pela BYD, vale ressaltar além disso que, a despeito da desmobilização de suas atividades industriais no Brasil, a Ford segue presente na Bahia com a plena operação do seu Centro de Desenvolvimento de Tecnologia, em Camaçari. A unidade emprega atualmente 1.500 engenheiros e especialistas que trabalham em criação e design de novos produtos para suas operações em nível global.

 

O governo Jerônimo Rodrigues (PT) bateu recorde de arrecadação

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