

A vereadora Marta Rodrigues (PT) criticou, nesta quinta (18), a continuidade do Plano Integrado de Concessões e Parcerias de Salvador (PICS), sancionado em 2021, que agora ameaça conceder patrimônios históricos e espaços públicos à iniciativa privada. Segundo a parlamentar, a Prefeitura de Salvador ainda não esclareceu qual será o destino desses espaços, como o Elevador Lacerda e a Praça Thomé de Souza, gerando insegurança sobre o futuro desses importantes patrimônios.
“O que sabemos, e nao foi da prefeitura, é que o elevador vai ter espaço para festa fechada. Desde sempre denunciamos que o PICS não é um projeto de gestão e está mais para PIX, pois é uma transação financeira que transforma a cidade em moeda de troca. Ignorar a opinião da população e conceder patrimônio histórico e serviços essenciais à iniciativa privada sem definir claramente seu destino é desrespeitar a cidadania e a dignidade dos soteropolitanos” pontuou.
” O poder público tem o dever de cuidar da cidade e garantir que os bens e serviços permaneçam públicos, a serviço de todos, e não para enriquecer alguns poucos”, acrescentou.
Segundo a vereadora, a Prefeitura promove a mercantilização da cidade sem transparência, sem debate público e sem qualquer responsabilidade social. “Não sabemos exatamente para quem ou para que serão concedidos esses espaços. Essa falta de clareza é um risco enorme para a memória, a cultura e o acesso da população a locais que são de todos”, pontuou.
Para a petista, a concessão não resolve os problemas de infraestrutura urbana e beneficia interesses privados, principalmente quando ocorre sem estudos técnicos e nitidez no processo. “As concessões geram lucro para poucos, enquanto a população sofre com abandono, falta de manutenção e precariedade. Um exemplo claro é a Estação da Lapa, onde as escadas rolantes vivem paradas e a acessibilidade é comprometida, causando transtornos diários para quem depende do transporte público”, acrescentou.
A vereadora afirmou, ainda, que continuará cobrando transparência e defendendo que os espaços públicos e patrimônios históricos permaneçam acessíveis à população. “Não podemos permitir que, de forma opaca, a prefeitura abra concessões aleatoriamente, à revelia da Câmara”, pontuou.
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