De 2023 para 2024, todos os oito rebanhos investigados na Bahia pela Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, mostraram crescimento de efetivos. Dentre estes, o de bovinos aumentou pelo quarto ano consecutivo, e o de ovinos, pelo terceiro, e ambos atingiram os maiores contingentes da série histórica.
Além disso, três dos quatro produtos de origem animal acompanhados pela pesquisa no estado tiveram aumentos quantitativos entre 2023 e 2024.
Apesar disso, o valor total da produção animal na Bahia teve novo avanço entre 2023 e 2024, de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,3 bilhões, um crescimento de 2,3%, ou mais R$ 74,3 milhões em um ano. O montante gerado pelos produtos da pecuária baiana em 2024 foi o maior nos 30 anos de vigência do Real (desde 1994), mesmo com apenas um dos quatro produtos tendo alta, no caso, o leite.
Dentre os efetivos da pecuária, um dos principais destaques positivos foi para os bovinos. Entre 2023 e 2024, na Bahia, esse plantel aumentou de 13,2 milhões para 13,7 milhões de animais (+3,5%), o que representou mais 455,8 mil, 2º maior aumento absoluto entre os estados, atrás apenas do Pará (+517,0 mil cabeças).
Com esse crescimento, o efetivo baiano de bovinos quebrou o recorde do ano anterior e chegou, em 2024, ao seu maior patamar nos 50 anos da PPM, iniciada em 1974.
O aumento no número de bovinos em 2024 foi o quarto consecutivo no estado. Com o resultado positivo, a Bahia manteve o 7º maior efetivo do país, respondendo por 5,7% do total nacional, que foi de 238,2 milhões de cabeças (queda de 0,2% frente a 2023).
Em 2024, Santa Rita de Cássia seguiu tendo o maior rebanho bovino da Bahia: 202,8 mil animais, registrando alta de 7,7% em um ano. Itamaraju (183,3 mil cabeças) e Itanhém (183,0 mil) se mantiveram na 2ª e 3ª posição do estado, respectivamente.
O maior crescimento no número de bovinos entre 2022 e 2023 na Bahia, porém, ocorreu em Wanderley, que passou de 144,7 mil para 168,3 mil animais, ou seja, mais 23,5 mil cabeças em um ano, em um aumento de 16,3%. O município passou do 8º para o 4º lugar no ranking estadual.
Ainda neste período, a Bahia teve o 2º maior no rebanho de ovinos (mais 130,6 mil ovelhas, carneiros e borregos, ou +2,6%). Com os resultados positivos, a Bahia manteve a sua posição de líder nacional com 5,1 milhões de ovinos. O estado respondia por 23,5% dos 21,8 milhões de ovinos do país.
O efetivo baiano de ovinos em 2024, também foi recorde no estado, nos 50 anos da PPM, quebrando a marca registrada no ano anterior. Já o rebanho de caprinos na Bahia foi o maior em 32 anos, desde 1992 (quando era de 4,9 milhões de animais).
O município baiano de Casa Nova liderava nacionalmente nos dois casos, com os maiores efetivos de ovinos (676,1 mil animais) e caprinos (779,5 mil) do Brasil. Entre os ovinos, a Bahia possuía três entre os quatro maiores rebanhos do Brasil, com Juazeiro (404,2 mil) tendo o 2º maior efetivo do país, e Remanso (356,4 mil), o 4º.
Casa Nova foi o município baiano que teve o maior crescimento no rebanho de ovinos, entre 2023 e 2024. A cidade ganhou 17,6 mil cabeças de ovinos, passando de 658,5 mil para 676,1 mil (+2,7%), tendo o 8º principal aumento do país no período. Nacionalmente, Dormentes/PE liderou o crescimento no efetivo, com mais 55,0 mil cabeças.
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