A mais recente pesquisa realizada pela Ipsos-Ipec sobre a avaliação do Governo Federal, realizada entre 4 e 8 de setembro, aponta uma melhora na avaliação positiva (ótima ou boa), embora a medida negativa (ruim ou péssima) ainda prevaleça entre os brasileiros.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL
A avaliação negativa (ruim ou péssima) recua 5 pontos percentuais (p.p.), atingindo 38% neste levantamento, ante 43% no estudo divulgado em junho. A avaliação positiva (ótima ou boa) avança na mesma proporção, passando de 25% no estudo passado para 30% agora, em setembro. A percepção regular oscila de 29% para 31% atualmente.
Em setembro, a avaliação positiva da administração do presidente Lula é mais acentuada entre:
quem declara ter votado em Lula em 2022 (61%);
moradores da região Nordeste (46%);
os menos escolarizados (40%);
quem tem renda familiar de até 1 salário mínimo (37%) e,
os católicos (37%).
Ademais, a avaliação ótima/boa é maior em municípios com até 50 mil habitantes (35%) se comparado com os municípios com mais de 50 a 500 mil habitantes (26%) e entre quem tem de 45 a 59 anos (35%), ante quem tem entre 25 e 34 anos (25%).
A avaliação negativa é mais expressiva entre:
quem declara ter votado em Jair Bolsonaro na eleição de 2022 (67%);
moradores da região Sul (52%),
aqueles que têm renda mensal familiar superior a 5 salário mínimos (48%);
quem possui renda mensal familiar de mais de 2 a 5 salário mínimos (45%);
os evangélicos (46%) e,
quem se autodeclara branco (44%).
Ainda, nessa rodada, a avaliação ruim/péssima é maior entre os mais instruídos (44%) do que entre os menos escolarizados (27%).
Em relação aos resultados divulgados em junho, nota-se que a avaliação positiva registra crescimento mais significativo entre quem declara ter votado em Lula na eleição de 2022, variando de 53% para 61% agora em setembro e, entre moradores da região Nordeste, onde passa de 38% para 46%, no mesmo período.
Contudo, nota-se que a avaliação negativa cai, sobretudo, entre quem declara ter votado em Jair Bolsonaro na eleição de 2022, visto que vai de 75% para 67%; entre os homens (de 48% em junho para 41% em setembro) e entre os que vivem na região Norte/Centro-Oeste, onde passa de 50% para 39% na pesquisa atual.
“Os números de setembro indicam um respiro importante para o governo, revertendo a tendência de alta da avaliação negativa que marcou o primeiro semestre. A recuperação de cinco pontos na medida positiva é estatisticamente relevante e sugere que a percepção negativa pode ter atingido seu pico em junho.”, diz Márcia Cavallari, diretora da Ipsos-Ipec.