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EVENTO EM SALVADOR DESTACA A INTEGRAÇÃO ENTRE ECONOMIA CIRCULAR E LÓGICA DE MERCADO

João Paulo - 05/09/2025 09:53

A necessidade de alinhar a economia circular à lógica da oferta e demanda foi um dos principais pontos debatidos no painel “Superando Barreiras de Mentalidade, Normatização e Planejamento para a Economia Circular”, realizado nesta quinta-feira (4), durante o I Congresso Internacional Circular Tech Skills, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).

O diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, Jorge Soto, foi um dos palestrantes do evento e defendeu que a economia circular deve ser compreendida como um sistema econômico completo. Segundo ele, não basta criar soluções circulares se não houver demanda para sustentá-las. “Se uma empresa desenvolve um produto circular e não encontra mercado, essa solução se torna inviável. É preciso enxergar a economia circular como um sistema econômico, que será implementado gradualmente, gerando novas demandas e ofertas”, afirmou.

Soto também destacou o potencial do Brasil nesse cenário, especialmente pelo elevado uso de energia renovável. “Mais de 80% da energia elétrica brasileira é renovável, o que favorece a viabilidade econômica da circularidade e contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa”, disse. Ele destacou que a Braskem tem como meta comercializar um milhão de toneladas de produtos de origem renovável até 2030.

O painel contou ainda com a participação de Celene Brito, CEO da startup EcoRecitec, parceira da FIEB na organização do congresso. Ela abordou a importância de desenvolver ecossistemas circulares que envolvam indústrias, startups, cooperativas, academia e ONGs. Celene ressaltou a necessidade de mudança de mentalidade e o desenvolvimento de habilidades técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills) para viabilizar a transição da economia linear para a circular. “Apenas 6,9% dos materiais utilizados globalmente são reaproveitados ou reciclados, segundo o Circularity Gap Report 2025. Em 2018, esse índice era de 9%”, alertou.

Já Arlinda Negreiros, gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB, defendeu que a sustentabilidade deve estar integrada ao modelo de negócios das empresas, especialmente por meio da adoção de práticas ESG em toda a cadeia de valor. “As médias e grandes empresas precisam induzir esse pensamento, dialogando com seus fornecedores para que todos adotem os mesmos conceitos e práticas sustentáveis”, pontuou.

A secretária de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Jusmari Oliveira, também esteve presente na abertura do evento e destacou ações do governo estadual voltadas à economia circular. “Conseguimos recursos para implantar 30 centrais de triagem, construir galpões e capacitar catadores. Em Salvador, já são seis centrais em funcionamento”, informou. Ela também defendeu que a conscientização sobre o descarte correto de resíduos deve começar ainda na educação básica.

Economia circular em pauta – O Congresso Internacional Circular Tech Skills, que segue até esta sexta-feira (5), visa debater sobre os melhores caminhos para combater impactos ambientais, além dos efeitos e prevenção das mudanças climáticas, tendo a economia circular como ponto de convergência. Um dos destaques do evento é a participação da arquiteta russa Ekaterina Egorova, cuja apresentação engloba os desafios e oportunidades no planejamento estratégico de cidades circulares, citando o caso da cidade de Kazan, na Rússia.

Sobre a Braskem

A Braskem é uma empresa petroquímica global, orientada para o ser humano, com olhar para o futuro, que cultiva relacionamentos sólidos e gera valor para todos. Oferecendo soluções sustentáveis da química e do plástico para melhorar a vida das pessoas, a petroquímica possui um completo portfólio de resinas plásticas e produtos químicos para diversos segmentos, como embalagens alimentícias, construção civil, industrial, automotivo, agronegócio, saúde e higiene, entre outros. A Braskem acredita que a inovação disruptiva é o único caminho possível para se estabelecer uma nova relação com o planeta, por isso, escolhe agir no presente, promovendo a circularidade do plástico e impulsionando a revolução dos materiais de base biológica. Com 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha, a companhia exporta seus produtos para clientes em mais de 71 países por meio de seus 8.500 integrantes que atuam globalmente em um modelo de gestão que demonstra o compromisso com a ética, respeitando as normas de conformidade em todos os países e garantindo o respeito à competitividade responsável. Mais informações: https://www.braskem.com.br/.

 

Foto: Rafael Veloso / Divulgação

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