O novo secretário de Comunicação Nacional do Partido dos Trabalhadores e presidente do PT Bahia, Éden Valadares, defendeu a aplicação de regras para as redes sociais para garantir um ambiente digital seguro, democrático, sem crimes, manipulação, desrespeito, calúnia, mentiras ou discursos de ódio. Para Éden, as mesmas leis que normatizam as práticas e condutas na vida real devem se aplicar ao mundo digital. A declaração foi feita em entrevista, nesta quinta-feira (28), à TV Aratu.
O secretário de Comunicação reafirmou que, diferentemente do que a extrema direita propaga, o PT, as legendas e o conjunto dos setores progressistas do Brasil conseguem conversar de forma acertada com a população. “Como pode dizer que o PT, que desde 1989, ficou em primeiro ou ficou em segundo lugar nas disputas para presidente da república, o único partido que conseguiu esse feito, não consegue se comunicar com a sociedade brasileira, a classe trabalhadora e as diferentes camadas da população? Aí é uma incoerência, uma incongruência muito grande”, rebateu.
Na entrevista, o petista realçou que, no âmbito digital, parte da direita respeita o nível de civilidade, mesmo na época em que existia uma polarização do PT com o PSDB, por exemplo. “De um tempo para cá, especificamente de 2018, com a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro, assume como protagonista uma extrema direita radicalizada que não respeita os limites da civilidade e que aposta na mobilização nas redes sociais através da manipulação de sentimentos, vou chamar assim, que mobiliza o medo, o ódio”.
“A partir do ódio vão se juntando pequenas bolhas que vão se somando e, de repente, somos pautados pela discriminação a todo tipo de diferença, e a riqueza da democracia está nas diferenças entre nós, comum na nossa sociedade. E os extremistas apostam no preconceito para agregar mais gente. Como se diz por aí, parece que na internet a mentira mobiliza mais que a verdade e o ódio, mais do que o amor. E temos, do outro lado do balcão, empresas privadas que colocam o valor do lucro, porque esse ódio mobiliza, gera dinheiro para as multinacionais, acima dos valores democráticos, cidadãos e de uma república”, acrescentou Éden.
Dentre as prioridades para combater mentiras e discriminações, o secretário de Comunicação pregou a ação conjunta do PT, de todo o campo democrático popular e de todos que não querem que o país se transforme em “terra de ninguém”. “Precisamos nos juntar para revelar que aqui não é terra sem lei, não é império do tudo pode. Democracia é o império da lei, e a lei deve dar dever e direitos iguais a todos. Ninguém está acima dela e ninguém pode fazer o que quer sem limites. Esse é o nosso pacto social, e no ambiente digital isso também precisa ser respeitado. Não é censura, perseguição, não é limitar a ação de ninguém. O direito do outro termina quando o direito da gente começa. E nesse caso, do ambiente digital e das redes sociais, a nossa liberdade de expressão e de comunicação deve terminar quando passa a virar crime, perseguição, ou coisa que fira a Constituição Federal ou nosso Código Penal”, concluiu.
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Ascom PT Bahia
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