O primeiro Samba da Lulu movimentou Salvador no último domingo (17), reunindo mulheres de diferentes idades em uma experiência cultural, artística e afetiva inédita na cidade. Realizado no Ateliê da Dani, no bairro do Carmo, o evento trouxe uma programação diversa, com roda de samba, performances espontâneas, intervenções artísticas e uma feira criativa, fortalecendo redes de afeto e valorizando a produção feminina em todas as etapas.
Mais de 40 mulheres estiveram diretamente envolvidas na organização e execução da festa, que se destacou não apenas pela potência musical, mas também pela geração de renda e pela criação de um verdadeiro espaço seguro e acolhedor. Da produção ao palco, do bar à feira empreendedora, o protagonismo foi totalmente feminino, traduzindo o compromisso do Samba da Lulu em subverter lógicas excludentes e abrir caminho para novos modelos de celebração.
“O sucesso desta primeira edição mostra que quando mulheres se unem, não apenas realizam um grande evento, mas constroem uma rede de cuidado e potência coletiva. Tivemos a alegria de ver diferentes gerações compartilhando o mesmo espaço, dançando e criando vínculos”, afirma Carolina Restrepo, idealizadora do projeto.
O Samba da Lulu nasceu como um projeto contínuo, que pretende ampliar suas próximas edições para acolher ainda mais Mulheres cis, trans, travestis e pessoas que vivenciam a experiência feminina, fortalecer a rede de empreendedoras locais e consolidar-se como um espaço de cultura, liberdade e autonomia feminina em Salvador. Criado pelas produtoras culturais Carolina Restrepo e Carine Haluen, o Samba da Lulu se propõe a ir além do entretenimento, promovendo um verdadeiro político afetivo.