A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve em 2,3% a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, apesar das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos nacionais. A estimativa consta no Informe Conjuntural do 2º trimestre, divulgado nesta terça-feira (19).
De acordo com a entidade, a queda na projeção da indústria — de 2% para 1,7% — deve ser compensada pela agropecuária, que teve crescimento estimado elevado de 5,5% para 7,9%. “O setor [da agropecuária], somado a um mercado de trabalho aquecido, deve sustentar o crescimento de 2,3% do PIB mesmo em meio ao aumento das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras”, destacou a CNI em nota.
O informe ainda aponta que a atividade industrial deve seguir pressionada por juros elevados, importações em ritmo maior e redução nas exportações devido à nova política comercial norte-americana. A previsão para a indústria de transformação caiu de 1,9% para 1,5%.
Já a construção civil deve manter trajetória positiva, impulsionada por obras em andamento desde 2024 e pela expansão do Minha Casa, Minha Vida, que registrou alta de 31,7% nos lançamentos no 1º trimestre. A CNI manteve em 2,2% a projeção de crescimento do setor.
Outro destaque é a indústria extrativa, que teve previsão revista de 1% para 2%, beneficiada pelo aumento da produção de petróleo.
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