Os municípios mais ricos do agro no Brasil não garantem a qualidade de vida a sua população, especialmente para trabalhadores rurais e pequenos produtores.
Nos 50 municípios com os maiores PIBs agropecuários do país, desenvolvimento social e gestão pública não andam juntos, segundo pesquisa inédita da organização Agenda Pública (AP).
Nenhum dos municípios alcançou o índice 0,6, faixa considerada “alta”, segundo a pesquisa.
O melhor desempenho foi de Cascavel (PR) com 0,57, enquanto o pior de Correntina na Bahia com 0,42.
Todos os municípios baianos estão localizados na Região Oeste e nenhum obteve o desempenho médio de 0,48.
Entre os 50 o maiores PIBs agropecuários da Bahia, a cidade de São Desidério registrou o melhor desempenho, seguida de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Petro e Correntina.
Das 50 cidades, 11 estão no Nordeste. Em todas há um histórico de déficits de acesso a serviços públicos e capacidades institucionais. Mesmo com o enorme crescimento da fronteira agrícola Matopiba – acrônimo para Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia isso não mudou.
O estudo monitorou seis variáveis – educação, saúde, infraestrutura, proteção social, desenvolvimento rural e qualidade da gestão – para calcular um índice de bem-estar social, com notas de zero a um.