O BNDES aprovou a liberação de R$ 239,3 milhões em dois financiamentos ao Grupo Edison Chouest Offshore, que opera estaleiros e terminais portuários, por meio do Fundo da Marinha Mercante (FMM). O maior cheque, de R$ 186,1 milhões e liberado à Bram Offshore, uma das subsidiárias do conglomerado americano, e vai financiar 90% do custo de reparos e conversões de 15 embarcações — entre elas, uma que tem contrato de afretamento com a Petrobras. A embarcação ganhará propulsão híbrida, com a instalação de baterias a bordo, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis.
As intervenções serão feitas no estaleiro de Navegantes (SC) da Navship, que também faz parte do conglomerado. Segundo o BNDES, o projeto envolverá 413 profissionais. A mesma empresa receberá R$ 53,2 milhões para concluir empreendimento no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), cuja aprovação data de 2017, mas que teve as obras paralisadas durante a pandemia. O BNDES já havia repassado R$ 183,3 milhões ao projeto no Açu. O projeto todo foi orçado em R$ 322,3 milhões e, segundo o banco de fomento, gerou 322 novos empregos.
O banco de fomento — que opera o FMM e aprovou R$ 6 bilhões em crédito por meio dele este ano — acredita que a unidade de São João da Barra deve absorver a demanda de manutenção de contratos firmados recentemente pela Petrobras com o conglomerado, que preveem a construção de dez novas embarcações em Navegantes (SC). “O BNDES atende à determinação do governo do presidente Lula de retomar o apoio à indústria naval no Brasil, um país em que mais de 95% do comércio exterior se dá por via marítima. Os investimentos contribuem para impulsionar um setor fundamental para a economia nacional e que gera muitos empregos”, disse, em nota à coluna, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
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