domingo, 17 de agosto de 2025
Euro Dólar

FRUSTRAÇÃO COM DIVIDENDOS DERRUBOU AÇÕES DA PETROBRAS, DIZ DIRETOR

Victoria Isabel - 08/08/2025 17:40

A insatisfação com o volume de dividendos que serão pagos aos acionistas explicam a forte queda das ações da Petrobras no pregão desta sexta-feira (8) na B3, a bolsa de valores de São Paulo. A avaliação é do diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo.

“Talvez, tenha sido frustrada um pouco [a expectativa de distribuição] do dividendo que foi gerado nesse trimestre. Foi impactado por eventos não recorrentes que não acontecerão nos próximos períodos. Então, circunstancialmente, o mercado tem esse comportamento que a gente entende que deve ser passageiro”, avaliou Melgarejo.

No momento da entrevista, as ações ordinárias da companhia despencavam cerca de 7%, comportamento que seguia até a conclusão dessa reportagem. Movimento semelhante acontecia na bolsa de valores de Nova York (NYSE).

Apesar de ser estatal, a Petrobras é uma empresa de capital aberto, isto é, tem ações negociadas em bolsa de valores. O governo é controlador com 50,26% das ações com poder de voto. Nesse grupo controlador, está incluído também o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), banco público de fomento do governo federal.

Na noite de quinta-feira (7), logo após a divulgação do balanço do segundo trimestre, a Petrobras anunciou o pagamento de R$ 8,66 bilhões em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) para acionistas. Tanto os dividendos como os JCP são formas de uma empresa dividir parte do lucro com os acionistas. O valor equivalente a R$ 0,67192409 por ação da companhia.

O governo federal deve receber cerca de 29% do valor (proporcional à detenção de ações ordinárias e preferencias). Outros 8% vão para o BNDES. As ações ordinárias dão direito de voto; já as preferenciais, prioridade no momento de receber dividendos.

No segundo trimestre de 2025, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões. O resultado é 24,3% menor que o apurado no trimestre anterior, mas superior ao do mesmo período de 2024, quando a companhia teve prejuízo de R$ 2,6 bilhões.

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.