A tarifa adicional de 40% para os produtos brasileiros exportados para os EUA vai atingir fortemente as empresas petroquímicas do país e especialmente as do Polo Petroquímico de Camaçari.
O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro, disse que o impacto será expressivo sobre as exportações brasileiras de produtos químicos, comprometendo cadeias produtivas, empregos e investimentos no Brasil e nos EUA”.
Segundo a Abiquim, as exportações brasileiras de produtos químicos para os EUA somaram US$ 2,4 bilhões em 2024, com 82% desse valor concentrado em 50 produtos, abrangendo petroquímicos básicos, intermediários orgânicos e resinas termoplásticas.
Desses produtos apenas cinco não serão afetados pela nova tarifa: silícios, alumina calcinada e óxidos, hidróxidos e peróxidos de outros metais (produtos químicos inorgânicos), misturas de hidrocarbonetos aromáticos e derivados clorados saturados dos hidrocarbonetos acrílicos (produtos químicos orgânicos).
Segundo apuração do portal Bahia Econômica são os seguintes os produtos que estão diretamente sob risco de tarifas de 50 %:
Silício metálico exportado para os EUA e produzido pela Dow.
Óxidos, hidróxidos e peróxidos de outros metais (produtos inorgânicos)
Produtos como resinas inorgânicas e compostos para fertilizantes
Misturas de hidrocarbonetos aromáticos (produtos orgânicos
Resinas, solventes e compostos usados na agricultura e na indústria.
Derivados clorados saturados dos hidrocarbonetos acrílicos
Compostos clorados usados na síntese de plásticos e solventes também estão integrados à cadeia química exportadora e, portanto, estão potencialmente sujeitos às tarifas.