O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu início a um novo processo de retirada do país da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A medida repete o movimento feito por ele em 2017, durante seu primeiro mandato. As informações são de dois diplomatas europeus ouvidos pela agência Reuters.
De acordo com o InfoMoney, o jornal The New York Times também confirmou a saída, com base em declarações de um representante do governo americano. A Casa Branca, no entanto, ainda não se manifestou oficialmente sobre o tema.
Durante seu primeiro mandato, Trump justificou a saída da agência com críticas à suposta agenda antiamericana da instituição e a problemas de gestão financeira. Na ocasião, os Estados Unidos respondiam por cerca de 20% do orçamento da Unesco. Com o retorno ao órgão em 2023, sob a gestão de Joe Biden, a contribuição americana passou a representar aproximadamente 8% do financiamento.
Além da Unesco, Trump já havia promovido a retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e cortado o financiamento da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). Segundo o presidente, essas medidas fazem parte de uma reavaliação mais ampla sobre o papel dos EUA em organismos internacionais. O resultado dessa análise deve ser divulgado em agosto.
Trump, porém, não é o primeiro líder americano a retirar o país da Unesco. Em 1984, Ronald Reagan tomou decisão semelhante, revertida apenas em 2003, sob a presidência de George W. Bush. A decisão atual representa, portanto, a terceira saída dos Estados Unidos da agência.
A Unesco foi criada após a Segunda Guerra Mundial com a missão de promover a paz por meio da cooperação internacional nas áreas de educação, ciência e cultura. Sediada em Paris, é amplamente conhecida por conceder o título de Patrimônio Mundial a locais e monumentos de relevância histórica e cultural.
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