quinta, 17 de julho de 2025
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PREÇO DO CAFÉ DEVE COMEÇAR A RECUAR NOS PRÓXIMOS MESES, APONTA ITAÚ BBA

VICTOR OLIVEIRA - 16/07/2025 17:23

Os consumidores brasileiros podem começar a sentir alívio no bolso ao comprar o tradicional cafezinho nos próximos meses. Segundo  um relatório do Itaú BBA, divulgado na última edição do boletim Visão Agro, os preços do café no varejo têm tendência de recuo, impulsionados principalmente pelo avanço da colheita e pelo aumento da oferta de grãos no mercado interno, sobretudo da variedade robusta.

De acordo com o relatório, a colheita da safra 2025/26 já está em ritmo acelerado e deve contribuir para uma maior disponibilidade do produto ao longo do segundo semestre, pressionando para baixo os preços, especialmente nos segmentos mais populares do mercado.

A projeção do Itaú BBA se apoia em estimativas recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apontam para uma produção total de 64,9 milhões de sacas de café no Brasil, sendo 40,9 milhões de sacas de café arábica e 24 milhões de sacas de robusta. Esse volume representa uma das maiores colheitas dos últimos anos, reflexo de boas condições climáticas e maior investimento dos produtores em tecnologia e manejo.

Além disso, o relatório destaca que o café robusta tradicionalmente mais barato e muito utilizado em cafés solúveis e blends  está ganhando maior participação na composição das marcas vendidas no varejo. Isso pode contribuir diretamente para a queda de preços nas gôndolas dos supermercados e padarias.

Outro fator que pode ajudar no alívio dos preços é a estabilidade cambial. Com o real relativamente estável frente ao dólar nas últimas semanas, os custos de exportação tendem a ser menos atrativos, o que pode manter mais produto no mercado interno.

Apesar do cenário favorável no curto prazo, analistas do banco ressaltam que os preços ao consumidor não caem de forma imediata. A queda no varejo tende a ocorrer com algum atraso em relação aos movimentos do mercado físico, já que envolve estoques antigos, contratos pré-fixados e margens de revenda.

Ainda assim, a expectativa é positiva: o brasileiro pode voltar a tomar o seu cafezinho pagando um pouco menos uma boa notícia em meio à inflação persistente de itens básicos da cesta de consumo.

Foto: Reprodução

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