Durante evento no bairro do Bonfim, em Salvador, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), cobrou um posicionamento do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) diante da nova tarifa imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros. A medida, que vem gerando repercussões econômicas e políticas, foi comunicada oficialmente ao governo brasileiro e criticada por lideranças locais.
Ao entregar viaturas para as Companhias Independentes de Policiamento Especializado (CIPES), Jerônimo ironizou: “Ele já declarou que é contra o [aumento do] IOF, é contra a taxação dos super ‘ricaços’, vai defender também isso? Não tem como. Nessa hora, eu estou convocando os baianos e as baianas para defender a economia baiana, a economia brasileira e a soberania nacional”.
O governador repudiou comparações feitas pela oposição entre o Brasil e a Venezuela. “Esse é um comportamento bolsonarista que está arraigado nessas pessoas. Ninguém na nossa posição entende que essa é uma postura correta”, criticou. Ele ainda recordou perdas econômicas após a operação Lava Jato: “Quantas construtoras e empresas grandes nós perdemos?”, questionou.
Jerônimo elogiou a reação do presidente Lula à carta de Trump, devolvida sem resposta. “O Brasil tem dono, e o dono do Brasil é o povo brasileiro. A soberania nacional não pode ser motivo de chacota”, disse.
Em apelo à população baiana, ele destacou o simbolismo do momento: “Estamos com o sangue quente da independência do Brasil na Bahia. É uma boa hora para que o Brasil veja a coragem daquele nosso presidente. Ele não baixará a cabeça, porque se o presidente baixar a cabeça, é o Brasil que estará baixando a cabeça. E nós não concordamos com isso”.
A solenidade contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, e marcou o reforço da segurança no interior com novas viaturas para unidades especializadas da PM.
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