Está em fase final a construção da infraestrutura que vai possibilitar captar e trazer água do rio Paraguaçu para abastecer, nos próximos 30 anos, cerca de 90 mil pessoas em Planaltino, Maracás, Lajedo do Tabocal, Itiruçu e Entroncamento de Jaguaquara, municípios situados em uma região onde mananciais perenes são escassos. Esse investimento da Embasa, de R$ 170,5 milhões, com recursos próprios e captados no mercado financeiro, representa a primeira etapa desse extenso sistema que vai contribuir para o desenvolvimento humano e econômico em parte do semiárido baiano.
A entrada em operação desse empreendimento, prevista para o final deste ano, vai permitir que a água captada no rio Paraguaçu, em Marcionílio Souza, seja bombeada por uma adutora de água bruta de 29,7 quilômetros até a estação de tratamento na localidade de Campinhos, em Planaltino, e siga por uma adutora de água tratada de 92,4 quilômetros até os domicílios das sedes de Maracás, Lajedo do Tabocal, da sede de Planaltino e da localidade de Campinhos e da sede de Itiruçu e das localidades de Upabuçu, Marialva, Lagoa dos Laços, Eucalipto e Tiririca.
Estão em conclusão todas as estruturas do sistema que incluem uma estação de bombeamento no Paraguaçu, quatro estações de bombeamento ao longo da adutora de água bruta, para elevar a água pela Serra do Machadinho até a estação de tratamento, e 16 dispositivos que protegem a tubulação de quebramentos, amortecendo os golpes provocados por variações bruscas de pressão. Na parte do sistema que vai distribuir água tratada, tem ainda a adutora, duas estações elevatórias, dois reservatórios, um de 300 m³ e outros de 20 m³, três caixas de passagem e duas travessias, uma na BA 245, em Marcionílio Souza, e outra na BA 026, em Planaltino.
Mais duas travessias, uma na BA 250 e outra na BR 116, para viabilizar a chegada da adutora de água tratada em Entroncamento de Jaguaquara, estão previstas para serem implantadas em obra complementar que está em licitação e tem previsão de conclusão no primeiro semestre do ano que vem.
“Como é um sistema que tem muitas estações de bombeamento, há também a estrutura elétrica que vai alimentar o funcionamento das bombas e a necessidade de energização dessa estrutura pela Neoenergia Coelba. Pela previsão da concessionária, a energização de todas as estações de bombeamento estará concluída no início de agosto. O empreendimento, após testes em todos os equipamentos e acabamentos nas unidades operacionais, deve ser concluído e entregue em novembro”, explica o engenheiro fiscal Valdemar Andrade Silva.
Foto: Divulgação/Embasa