Há 46 anos, em pleno regime militar, nasceu o Afoxé Filhas de Gandhy, primeiro Afoxé feminino do Brasil e um dos grupos mais icônicos da cultura afro-brasileira em Salvador. “Enfrentamos os preconceitos, a falta de apoio e todas as barreiras. Nada parou quem nasceu para ser voz e tradição”, disse Silvana Magda, gestora e uma das fundadoras das Filhas de Gandhy, ao relembrar a trajetória da entidade.
Para celebrar os seus 46 anos, as Filhas de Gandhy vem realizando uma série de ações comemorativas que fazem parte do projeto Sons da Independência, i contemplado pelos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e conta com o apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura do Estado, em parceria com o Ministério da Cultura – Governo Federal.
No dia do aniversário, que acontece junto com o Dia da Independência da Bahia, a programação do grupo tem início às 7h da manhã, com o desfile das Filhas de Gandhy com saída da Lapinha e desfile no cortejo oficial do 02 de Julho. A partir das 12h, o bloco tem chegada no Pelourinho e realizará uma festa de aniversário em sua sede, aberta ao público.
“Sons da Independência’ é mais do que uma celebração; é um grito de resistência e reafirmação da nossa identidade. Ao longo de 46 anos, as Filhas de Gandhy têm levado a voz da mulher negra, a força do tambor e a beleza da nossa herança cultural para o mundo. Este projeto é um presente para Salvador e para todos que valorizam a diversidade e a memória”, destaca Silvana Magda.
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