As contas do governo central — que englobam Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — registraram déficit de R$ 40,6 bilhões em maio, valor inferior ao observado no mesmo mês de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 60,4 bilhões (valores nominais).
O resultado também foi melhor do que a estimativa mediana do Prisma Fiscal, ferramenta da Fazenda, que projetava um déficit de R$ 62,2 bilhões. Os dados constam no Relatório do Tesouro Nacional (RTN), divulgado nesta quinta-feira (26/6).
De janeiro a maio deste ano, o governo central acumulou um superávit primário de R$ 32,2 bilhões — revertendo o cenário do mesmo período de 2024, quando houve déficit de R$ 28,7 bilhões (também em termos nominais).
O superávit primário ocorre quando as receitas do governo superam as despesas, desconsiderando os pagamentos com juros da dívida pública. Já o déficit primário acontece quando essa diferença é negativa. A soma de ambos forma o chamado “resultado primário”.
Em todo o ano de 2024, o governo central registrou déficit primário de R$ 43 bilhões — o equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar do resultado negativo, a meta fiscal do ano foi atingida, graças a superávits em meses como dezembro, quando o governo registrou saldo positivo de R$ 24 bilhões.
A meta fiscal do governo federal para 2025 é de déficit zero, com o objetivo de equilibrar receitas e despesas públicas. O plano da equipe econômica prevê uma trajetória gradual de melhoria nas contas públicas até 2028.
As projeções do governo são:
2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões)
2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões)
2028: superávit de 1,00% do PIB (R$ 150,7 bilhões)
A estratégia mira o fortalecimento fiscal e o controle da dívida pública ao longo dos próximos anos.