“O acordo de acionistas é um ponto para nós. Quando se olha a Braskem da forma como ela vinha vindo, a Petrobras tinha muito pouca gestão na Braskem. A gente não está pensando em estatizar a Braskem não, mas a gente quer participar mais da gestão. A gente entende que a gestão atual da Braskem não conversa com o nosso tipo de gestão”, disse Magda.
“Quem entende da área de petróleo somos nós, quem entende de petroquímica somos nós, quem opera nove das refinarias brasileiras somos nós”, continuou Magda, subindo o tom.
Questionada sobre se a Petrobras gostaria de ter mais conselheiros na Braskem, Magda disse ainda não saber, mas reforçou que os termos do acordo têm de evoluir para maximizar as sinergias entre as duas empresas. A Petrobras tem 36% do capital da Braskem, enquanto a Novonor, 50,01%. O empresário Nelson Tanure fez uma oferta pela parte da Novonor e, nos bastidores, vem indicando a disposição de dar mais poder à Petrobras dentro da petroquímica.
Em seu discurso no evento, Magda já tinha citado a Braskem duas vezes. Ela disse que a petroquímica faz parte de um projeto “grandioso”, que vai integrar a Reduc (Refinaria Duque de Caxias) e o complexo de energia Boaventura a unidades da Braskem, que terão acesso ao gás do pré-sal a ser ecoado pelo gasoduto Rota 3. Segundo Magda, o projeto vai custar R$ 25 bilhões, dos quais R$ 4,5 bilhões virão da Braskem. A empresa é a sexta maior petroquímica do mundo e segue estratégica para a Petrobras, enfatizou Magda.