sexta, 06 de junho de 2025
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HADDAD ANUNCIARÁ PROPOSTA SOBRE IOF ATÉ TERÇA (3) SOB PRESSÃO DO CONGRESSO

Bruna Carvalho - 02/06/2025 10:52

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que as negociações com o Congresso em torno do decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) chegaram a um consenso que agrada à equipe econômica. Na semana passada, os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), deram prazo de dez dias para que o governo apresentasse uma solução para o aumento do imposto sobre operações de risco sacado, sob pena de a medida ser derrubada.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, na chegada ao Ministério da Fazenda, Haddad disse que já havia sinalizado que não precisava do prazo e que o acordo era resolver a questão até terça-feira (3), antes da viagem do presidente Lula à França.

“O fato do presidente embarcar amanhã à noite significa que nós temos hoje e amanhã, em sintonia com as Casas, porque nós já sabemos exatamente o que está na mesa, é definir qual vai ser o recorte que vai ser feito dessas medidas e apresentar para os três presidentes. Se nós chegarmos a uma boa definição, 70%, 80%, 90% daquilo que foi discutido, se houver uma compreensão de que é hora de avançar, eu acredito que nós vamos dar uma perspectiva muito mais sustentável, sem essas medidas que são paliativas, que nós sabemos que não são estruturais. Então, para nós é muito melhor fazer as correções no atacado do que fazer correções no varejo”, afirmou o ministro.

Haddad reforçou que o governo pretende discutir com o Congresso mudanças estruturais e ajustes tributários. “O decreto é para resolver um problema pontual, distorções pontuais, mas se nós ficarmos de decreto em decreto, nós não vamos fazer o que o país precisa para apontar um horizonte de médio e longo prazo de sustentabilidade”, disse.

“Acredito que esta semana a gente possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF, quanto, mas aí combinado com as questões estruturais. Quer dizer, não dá para dissociar mais uma coisa da outra. Você quer alterar o curto prazo? Altera o longo prazo junto. Porque aí você faz uma combinação que dá para o investidor, para o cidadão, para o trabalhador um horizonte das regras do jogo daqui para frente. Com previsibilidade, com transparência e com discussão sobre a justiça das medidas”, acrescentou Haddad.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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