sábado, 10 de maio de 2025
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CERCA DE 47,5% DOS DOMICÍLIOS QUILOMBOLAS URBANOS DA BAHIA NÃO TÊM ACESSO ADEQUADO A SANEAMENTO BÁSICO

LUIZA SANTOS - 09/05/2025 18:28

Levando em consideração a caracterização adotada pelo Plano Nacional de Saneamento (PLANSAB) para atendimento ou déficit no acesso domiciliar ao saneamento básico, o Censo Demográfico mostra que, na Bahia, em 2022, quase metade dos domicílios quilombolas em áreas urbanas não tinham acesso adequado simultâneo aos três serviços: abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação do lixo.

Isso significa que, nas áreas urbanas do estado, 47,5% dos domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos uma pessoa quilombola (ou 37.537 residências, em números absolutos) ou não eram atendidos por abastecimento de água canalizada por rede geral, poço, fonte, nascente ou mina; e/ou tinham como destino do esgoto uma fossa rudimentar, buraco, vala, rio, córrego, mar ou outra forma; e/ou não eram servidos por coleta direta (porta a porta) nem indireta (por caçamba) de lixo.

No contexto urbano baiano, além de elevada, a proporção de domicílios quilombolas com alguma inadequação nos serviços de saneamento (47,5%) era quase o dobro da verificada para o total de domicílios: 25,4% deles (1 em cada 4) conviviam com alguma inadequação ou precariedade.

Nas áreas rurais, a ocorrência de inadequação no acesso ao saneamento básico era muito maior entre os domicílios quilombolas: 94,4% deles, ou 66.388 em número absolutos, conviviam com alguma precariedade no abastecimento de água, esgotamento sanitário ou coleta de lixo. Entretanto, a situação era bem próxima à verificada para todos os domicílios rurais do estado, dos quais 93,4% tinam alguma inadequação nos três serviços de saneamento.

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

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