terça, 06 de maio de 2025
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CONCESSÃO DAS BRS 324 E 116 É CRITICADA EM AUDIÊNCIA EM SALVADOR

João Paulo - 06/05/2025 07:00 - Atualizado 06/05/2025

Aumento do número de pedágios e preocupação com o custo desta tarifa são fatores de crítica ao novo projeto de concessão das BRs 324 e 116, que tem investimentos estimados em R$ 24 bilhões ao longo de 30 anos. O plano apresentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para nova concessão inclui efetivar o dobro de pontos de cobrança com estrutura existente nas rodovias, que passaria de sete para 14. O trecho, hoje sob concessão da ViaBahia, terá o contrato encerrado no dia 15 de maio, após acordo entre órgãos estatais e a própria concessionária, enquanto a nova concessão deve ter início em 2026.

Neste momento, o projeto está em fase de audiências públicas, para ouvir críticas, opiniões e reivindicações sobre a nova concessão. Para o engenheiro Edson Machado, um dos poucos representantes da sociedade civil presente ontem na audiência, no hotel Mercure, na Pituba, a preocupação com o pedágio é uma das principais na nova concessão. “Acredito que com a nova concessionária o pessoal vai ter uma qualidade melhor de serviço, mas o preço mais elevado”, afirma.

O custo das tarifas dos 14 pontos de cobrança vai de R$ 4,78 até R$ 11,06 dependendo da distância entre cada ponto. As cobranças estão marcadas para começar já no 1º mês de concessão nas praças já existentes e para os locais adicionados vai ocorrer a partir do 12º mês de concessão.

Porém, o valor do pedágio deve ser descontado com base em outras ações, como o Desconto Básico de Tarifa (DBT) e o Desconto de Usuário Frequente (DUF). O DUF é direcionado para quem trafega na região de forma pendular com alta frequência e vai gerar descontos progressivos na taxa mediante a frequência da utilização.

A preocupação com o custo da tarifa é presente na fala do deputado estadual Eduardo Salles (PP), que se manifestou também sobre a falta de divulgação das audiências e consequente pouca participação popular. “Com essa pressa que está sendo feita, podemos ter um preço do pedágio altíssimo e ter que pagar novamente por um serviço que já pagamos ao longo desses 15 anos”, diz.(A Tarde)

 

Foto: Agerba | Divulgação

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