segunda, 28 de abril de 2025
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FEMINISTA NEGRA GISLAYNE DE SANTANA SOUZA LANÇA NESTA QUARTA (30) LIVRO (DES) UNIVERSALIZANDO O CUIDAR

João Paulo - 27/04/2025 14:26

O livro (Des) Universalizando o Cuidar tem por finalidade principal mostrar os pontos de universalização do que geralmente conhecemos sobre cuidado. A análise realizada vai perpassar pela categoria mulher, a categoria gênero, a categoria racial, buscando aporte no feminismo negro, no feminismo decolonial para uma leitura aprofundada sobre a universalização.

A obra faz uma crítica que se entrelaça por diversos estudos das ciências humanas e sociais, a exemplo da categoria, gênero e raça.  O livro é fruto de uma pesquisa acadêmica da autora e surgiu com a necessidade de buscar compreender seu campo de pesquisa que é a unidade de acolhimento para crianças e adolescentes em Salvador.

“Tive contato com unidades de acolhimento para crianças e adolescentes a partir da minha atuação como analista técnica, assistente social, no Ministério Público do Estado da Bahia. Nesses locais pude visualizar através de inspeções periódicas nessas unidades o trabalho de cuidadoras e de mães sociais, bem como a invisibilidade dessas profissionais do trabalho que elas realizam”, relata a pesquisadora Gislayne de Santana.

Durante esse ano, o livro da escritora participou da exposição no Ministério Publico da Bahia, local onde a autora atua como analista técnica, assistente social, e; vale ressaltar o sucesso do livro na referida exposição.

(Des) Universalizando o Cuidar, aborda as experiências de mulheres negras que trabalham como mães sociais em unidades de acolhimento na cidade de Salvador-BA. Com uma narrativa envolvente e dados robustos, a autora explora as desigualdades de raça, gênero e classe no trabalho de cuidado para crianças e adolescentes. A obra é uma contribuição significativa para a literatura sobre o trabalho de cuidado e a desigualdade social, oferecendo insights valiosos para acadêmicos e formuladores de políticas públicas.

“Desejo que essa narrativa consiga ajudar a sociedade a ter um olhar mais acolhedor com as mulheres negras, que apesar de pequenos avanços sociais em questões de gênero e raça, continuam sendo invisibilizadas na nossa sociedade que tem construído relações machista e racista”, afirma a assistente social Gislayne de Santana.

Foto: Arquivo pessoal

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