As negociações entre PP e União Brasil para a formação de uma federação partidária enfrentam impasses em pelo menos 13 estados, com destaque para a Bahia. Segundo o site Política Livre, o prazo informal para um acordo termina na próxima semana, e o fracasso nas tratativas locais pode levar ao fim do processo.
Na Bahia, o entrave principal envolve o grupo de ACM Neto, atual secretário-geral do União Brasil, que teria o comando da nova federação, dada a maior bancada federal do partido. No entanto, setores do PP baiano preferem manter aliança com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), gerando atritos internos.
Apesar do apoio público do presidente do PP, Ciro Nogueira, lideranças locais da sigla demonstram crescente insatisfação com a resistência enfrentada em estados estratégicos. A avaliação é que isso pode inviabilizar o acordo nacional.
Entre os deputados federais do PP, Mário Negromonte Júnior, presidente estadual do partido, é um dos mais firmes opositores da união. Cláudio Cajado mantém discrição, embora próximo do governador. Já João Leão é favorável à aliança, que teria duração de quatro anos.
Durante o feriado da Semana Santa, ACM Neto participou de um evento esportivo em Santo Estêvão e demonstrou otimismo com a oficialização da federação ainda nesta semana. Ele foi direto: o novo grupo será oposição ao PT tanto nacional quanto estadualmente. Assim, descartou palanque duplo em 2026, o que pressionaria pepistas aliados de Jerônimo a deixar a sigla caso a federação se concretize.
Do lado do União Brasil, também há resistências pontuais. Em Pernambuco, por exemplo, o deputado Mendonça Filho, aliado histórico de ACM Neto, já ameaçou sair do partido caso o acordo com o PP avance.
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