O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a apoiadores na orla de Copacabana, neste domingo (16), que “não vai sair do Brasil” e que ele será um problema “preso ou morto”.
“Eles não derrotaram e nem derrotarão o bolsonarismo”, disse Bolsonaro em discurso que focou na crítica ao PT e na anistia aos presos de 08/01.
Bolsonaro também sugeriu que sua campanha na disputa de 2022 foi prejudicada por ações de Alexandre de Moraes, presidente do TSE na época. “Não podia colocar imagem do Lula com ditadores do mundo todo”, disse ele.
Bolsonaro disse também que já resolveu um problema que tinha com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, e sugeriu que ele pode apoiar a aprovação do projeto de lei que propõe anistiar os envolvidos no 8 de Janeiro.
Acrescentou que o pleito de 2026 “será conduzido com isenção” fazendo referência, ao que parece, ao fato de que o ministro Kassio Nunes Marques, indicado por ele para STF, será o novo presidente do TSE.
O destaque do ato foi, no entanto, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, discursou como candidato em cima do trio elétrico, mas tentando se diferenciar de Bolsonaro, que vestia uma camisa amarela da seleção brasileira, enquanto ele vestia também uma camisa da seleção, mas a de cor azul, tentando se mostrar como uma direita mais leve.
E fez um discurso de candidato a presidente. “Ninguém aguenta mais a inflação”, disse ele, e depois afirmou “nós vamos libertar o Brasil da esquerda”. Seguindo dessa forma atacou o PT e afirmou: “Os que assaltaram a Petrobras voltaram à cena do crime”.
Mas, preservando-se, não falou do Supremo Tribunal Federal ou de Alexandre de Moraes.
Foto: Mauro Pimentel/AFP