O Governo do Estado apresentou um balanço sobre as ações do Carnaval, nesta quarta-feira (5), em coletiva para a imprensa. Por meio da Secretaria das Mulheres do Estado, em articulação com outras secretarias de Estado, políticas públicas alcançaram as mulheres, sobretudo aquelas em situação de vulnerabilidade. O objetivo foi prevenir e enfrentar violências de gênero durante a festa e promover o bem-estar e atendimento social às catadoras de materiais recicláveis e ambulantes.
A secretária das Mulheres do Estado, Neusa Cadore, fez uma avaliação das atividades desenvolvidas. “O Carnaval é a maior festa popular com trios elétricos do mundo. O Estado, no seu conjunto de secretarias, esteve mobilizado 24 horas por dia e a SPM atuou, como parte deste coletivo. Oferecemos espaços para o cuidado e o bem-estar das catadoras de materias recicláveis e ambulantes. Com ações de conscientização e acolhimento, pela Campanha Oxe, me Respeite, contribuímos para a prevenção e o enfrentamento à violência de gênero e para a construção de uma nova cultura de respeito e igualdade”, afirmou.
Cuidar de quem cuida – Por meio do projeto Cuidar de Quem Cuida, foram feitos 1.500 cadastros e realizados 2.200 atendimentos a mulheres trabalhadoras do Carnaval, como catadoras e ambulantes, na sede das Voluntárias Sociais da Bahia, no Campo Grande, e na sede da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), em Ondina, de 28 de fevereiro a 4 de março. Uma ação em parceria da SPM com as Voluntárias Sociais; Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sades); Fundação Banco do Brasil e Receita Federal.
Além de alimentação, espaço para banho e descanso, as catadoras e ambulantes foram beneficiadas com vários serviços como atendimento psicológico, massoterapia, rodas de conversa, acupuntura auricular e ventosaterapia. Dona Maria de Sena Silva, uma das contempladas do projeto Cuidar de Quem Cuida, falou, emocionada, sobre a importância do atendimento recebido. “Eu tenho 68 anos. Passei dois dias trabalhando ruim e um grupo do projeto foi lá na minha barraca, me viu tensa e me trouxe para cá. Eu entrei mal e sai outra. Estou maravilhosa. Fui bem tratada, recebi o carinho das meninas, que são dez! Esse projeto me levantou. Obrigada, gente! Muito obrigada”, ressaltou.
Durante o Carnaval, também foi aplicada uma pesquisa com mais de 1400 ambulantes e catadoras de materiais recicláveis, para um diagnóstico das suas condições laborais. O objetivo é embasar a elaboração e implementação de políticas públicas para essas trabalhadoras nas festas populares da Bahia.
Fotos: Ane Novo/Ascom SPM
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