Em entrevista à rádio Metrópole, o Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), Augusto Vasconcelos (PCdoB) criticou a falta de distribuição de renda no carnaval de Salvador. Segundo o secretário, o lucro bilionário não chega aos trabalhadores. “O grande questionamento que a gente tem que fazer é: se o Carnaval gera um lucro fabuloso, por que esse lucro não chega na ponta? Não chega para esse trabalhador que está exposto, sendo explorado. Ambulantes, catadores, cordeiros merecem mais respeito. O governo do estado está aqui investindo para garantir o mínimo de dignidade, a gente sabe que precisa fazer muito mais, mas é necessário que o município assuma também sua responsabilidade e não pense apenas na lógica do lucro”, criticou o secretário.
Augusto cobrou que os patrocinadores da festa se responsabilizem para garantir, por exemplo gelo aos ambulantes que pagam por esse material. Mencionou também um local para tomar banho e usar banheiro, que, muitas vezes, também exigem pagamentos dos trabalhadores. “Por que não constroem centros de convivência ao longo do percurso, fornecem alguns equipamentos que garantam pelo menos um sono para uma criança que está ali dormindo no relento”, questionou o secretário. Segundo Augusto, o governo está investindo R$ 3,1 milhões para a formação de centros de coleta seletiva e equipamentos de proteção individual para catadores de materiais recicláveis. Ao todo, serão 11 pontos de coleta seletiva ao longo dos circuitos do Carnaval. Além disso, a gestão vai oferecer um centro de convivência para ambulantes e cordeiros.
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