Além de perder a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o União Brasil, partido do prefeito Bruno Reis, teve sua participação reduzida no comando das comissões permanentes da Câmara Municipal de Salvador. Apesar de ter a maior bancada da Casa, a sigla garantiu apenas a presidência da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, ocupada por Paulo Magalhães Júnior. Essa perda de espaço ocorre em meio à insatisfação do presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), com o prefeito, decorrente da disputa pelo controle da Secretaria Municipal da Educação (Smed).
Na legislatura anterior, o União Brasil liderava tanto a CCJ, com Paulo Magalhães Júnior, quanto a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Relações Internacionais, sob comando de Cláudio Tinoco, que agora ocupa a posição de primeiro secretário da Mesa Diretora. No entanto, desta vez, Carlos Muniz contrariou a legenda e nomeou João Cláudio Bacelar (Podemos) para presidir Desenvolvimento Econômico, ignorando a indicação de Alberto Braga (União), cotado para assumir uma secretaria na gestão municipal.
Outro revés para o União Brasil foi na Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização. O partido pleiteava a presidência para Marcelle Moraes, mas Muniz escolheu Daniel Alves (PSDB), concedendo apenas a vice-presidência a Paulo Magalhães Júnior. Além disso, Duda Sanches (União), nome defendido para a CCJ, não foi designado para comandar nenhum colegiado.
Com essa nova configuração, PSDB e PDT passaram a liderar duas comissões cada, enquanto Republicanos, PP, DC, PL, PCdoB, PT, Podemos e PSB garantiram uma presidência cada. As escolhas refletem a estratégia de Carlos Muniz para fortalecer seu grupo político na Câmara, garantindo maioria nos colegiados estratégicos, como a CCJ.
(Tribuna da Bahia)
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