O Crédito estudantil é um dos projetos de maior orçamento do governo federal, dentre muitos, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um dos mais populares. Porém, com as condições atuais, qual será o mais vantajoso para os alunos? Pegar um empréstimo no banco ou pegar com governo através do FIES? Segundo, Edval Landulfo, economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA), o programa estudantil ainda é mais vantagem para o aluno. “A partir do momento que uma pessoa toma empréstimo no banco, não tem muito tempo de carência. No Fies, a pessoa já terá, enquanto estudante, facilidade de não se preocupar com o pagamento, caso tenha 100% de financiamento”, explica.
Os interessados no FIES têm até sexta-feira (7) para se inscrever no programa do governo federal. Mais de 112 mil vagas serão oferecidas para estudantes que ingressarem em faculdades particulares no Brasil. As parcelas do financiamento devem ser pagas logo após a formatura, assim que o beneficiário começar a receber salário. Segundo especialistas, o Fies é mais vantajoso do que empréstimos bancários.
O Fies oferece três modalidades de financiamento, que dependem da realidade financeira de cada estudante. Candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo têm direito ao Fies Social, com o total valor do curso financiado. “A taxa de juros varia entre 3 e 6,67% ao ano para estudantes com renda familiar bruta mensal per capita entre três e cinco salários mínimos. Já para estudantes com renda familiar de até cinco salários mínimos, a taxa varia entre 6,67% e 9,67% ao ano”, completa Edval Landulfo.
A taxa de juros para empréstimos pessoais em bancos é variável. Um levantamento realizado pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) indicou que a taxa de juros média em 2024 foi de 7,91% ao mês, o que representou um aumento de 0,13 ponto percentual em relação a 2023. O Santander ficou com a maior taxa média de empréstimo pessoal, com 9,99% ao mês, em contramão a Caixa Econômica, que apresentou a menor taxa média anual de 5,56%.
Crédito: Marcello Casal Jr