A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil avançou 12,2% em 2024 e o estoque alcançou R$ 7.316,1 trilhões, ante R$ 6.520,3 trilhões em 2023, em valores nominais, segundo os dados da Secretaria do Tesouro Nacional, divulgados nesta terça-feira (4).
O número é o maior desde 2020, ano da pandemia de coronavírus, quando a dívida avançou 17,9%. Em 2021, o reduziu e chegou a 12%.
De acordo com a pasta, o crescimento foi, em grande parte, impulsionado pela apropriação de juros, que adicionou R$ 762,4 bilhões.
Em 2024, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) teve seu estoque aumentado, passando de R$ 6.268,9 trilhões em 2023 para R$ 6.966,9 trilhões em 2024.
Com relação ao estoque da dívida pública federal externa (DPFe), houve variação positiva sobre o estoque apurado, encerrando o ano em R$ 349,2 bilhões.
Segundo os dados do Banco Central (BC), divulgados no fim de janeiro, a dívida bruta fechou 2024 em 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB), uma alta de 2,2 pontos percentuais no acumulado do ano.
Segundo a autoridade monetária, foi o segundo ano consecutivo de aumento na dívida pública brasileira. Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a dívida do país já avançou 4,4 pontos percentuais.
A metodologia utilizada entre as duas pastas são diferentes. O BC considera todas as obrigações do governo e inclui as dívidas dos estados e municípios, mas não leva em conta os ativos do governo.
Já o cálculo do Tesouro, é considerado todo o estoque de títulos emitidos pelo governo, tanto no Brasil quanto no exterior e os respectivos vencimentos.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil