O encontro anual do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) de 2025 começa nesta segunda-feira (20) em Davos, na Suíça. O evento reúne líderes governamentais, empresariais e da sociedade civil para definir qual é a agenda do ano para solucionar desafios globais, tais como mudanças climáticas, geoeconômicas e tecnológicas.
Neste ano, o ponto central das discussões do evento será voltado para o avanço tecnológico, sob o tema “Cooperação para a Era Inteligente”. O conceito, de acordo com o WEF, é baseado na ideia de que tecnologias convergentes estão levando a uma revolução social. O encontro ainda coincide datas com outro evento de grande importância para o mundo: a posse do republicano Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Assim, parte dos debates deste primeiro dia será voltada para as primeiras impressões do novo governo norte-americano.
Segundo a organização, é esperado que mais 3 mil pessoas participem do evento neste ano, dos quais 350 são líderes governamentais — incluindo Trump, que deve participar por meio de um link ao vivo.
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Riscos para 2025
Uma pesquisa recente publicada pelo WEF indicou que o aumento dos conflitos armados entre países, o avanço das mudanças climáticas e as tensões econômicas pelo mundo são os principais fatores de risco para 2025. No topo da lista de maiores preocupações para este ano estão os conflitos armados, com 23% dos respondentes assinalando esse como um dos principais fatores de risco. Em seguida, vieram os eventos climáticos extremos (14%) e os confrontos geoeconômicos (8%). Segundo o documento, o atual clima geopolítico no mundo – que vem na esteira da invasão da Ucrânia pela Rússia e das guerras vistas no Oriente Médio e no Sudão – tem aumentado a expectativa de uma crise ao longo deste ano.
De acordo com o relatório, as tensões geopolíticas também estão associadas ao risco crescente de confronto geoeconômico – como pela aplicação de sanções ou tarifas, por exemplo – que, por sua vez, é impulsionado pela desigualdade e pela polarização social, entre outros fatores. Já entre os riscos ambientais, o documento reporta que os impactos negativos das mudanças climáticas têm se tornado cada vez mais evidentes. Isso porque o uso contínuo de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, tem levado a eventos climáticos extremos com frequência e gravidade cada vez maiores. “Ondas de calor em todas as partes da Ásia; inundações no Brasil, na Indonésia e em partes da Europa; incêndios florestais no Canadá; e furacões Helene e Milton nos Estados Unidos são apenas alguns exemplos recentes de tais eventos”, diz o relatório.
Foto: Yves Herman/ Reuters