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8 DE JANEIRO: JERÔNIMO PARTICIPA HOJE DE EVENTO PELA DEMOCRACIA EM BRASÍLIA

João Paulo - 08/01/2025 07:00

Com presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), o Palácio do Planalto rememora, nesta quarta-feira, 8, os dois anos da invasão orquestrada por simpatizantes da extrema-direita à Brasília, capital federal. Chamado de ‘Abraço pela Democracia’, o momento terá uma série de agendas, como a reintegração de obras de arte e objetos destruídos nos atos de vandalismo, e uma cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, e Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, não estarão presentes nas agendas.

“Um dia como aquele 8 de janeiro nunca mais no Brasil. A política nossa nos ensina que a Democracia tem que ser respeitada”, disse o gestor baiano ao Portal A TARDE, durante agenda na segunda, 6. O deputado federal Jorge Solla (PT), que também deve estar no ato, afirmou, em conversa ao Portal A TARDE, que a tentativa de tomada do poder não pode ser considerada um “ato isolado”, e sim o ápice de uma escalada autoritária que aconteceu no Brasil nos últimos anos. Ele ainda cobrou um endurecimento na punição daqueles que atentam contra a democracia. “O 8 de janeiro não foi um ato isolado, foi o ápice de uma escalada autoritária fomentada durante anos por esse discursos de ódio, disparo de fake news e ataques às instituições, liderados pelo bolsonarismo e seus representantes da esfera de poder”, iniciou o deputado federal petista.

“Passou da hora de endurecermos as punições contra aqueles que atentam contra a democracia. Precisamos colocar novamente em pauta o ‘pacote da democracia’, idealizado pelo grande ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino. O pacote reúne medidas que definem a responsabilização de forma exemplar de todos aqueles que participarem, financiarem ou incentivarem crimes contra o Estado Democrático de Direito. É um tema que não pode ficar travado na Câmara. A morosidade e má vontade de parte do Congresso em pautar o pacote expõe justamente a resistência destes setores que flertam com o autoritarismo e o golpismo”, continuou.

Solla ainda lembrou da descoberta de um plano para matar o presidente Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). A movimentação é investigada pela Polícia Federal. “É preciso deixar claro e expresso com todas as letras: não haverá anistia para golpistas. Quem ataca a democracia, quem financia terrorismo e quem conspira contra o povo brasileiro deve pagar por seus crimes. O Brasil já foi leniente demais com os responsáveis pela ditadura militar, e sabemos o preço alto que isso custou, inclusive vimos ser desmascarado o plano criminoso de tentativa de assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes”, completou Solla.

Também em contato com o Portal A TARDE, o deputado federal Zé Neto (PT) disse que o 8 de janeiro foi um ato de resistência da democracia, que sobreviveu ao movimento golpista, e afirmou que o episódio serve de alerta para que não só o Brasil, mas toda a humanidade, faça uma reflexão sobre o avanço de pautas que confrontam o Estado Democrático. “O 8 de janeiro foi um marco de resistência da democracia, e diria também do universo, que vive hoje um mundo conservador, e de um país como o nosso, que mostrou altivez e solidez dos seus poderes. Todos os Três Poderes se uniram em defesa da democracia, mas não deixa de ser um grande alerta para que a humanidade reflita sobre o que pode acontecer no mundo com esse retrocesso que a gente vive”, pontuou Zé Neto, que completou. “O que aconteceu no dia 8 foi o rastilho de pólvora em um ambiente de desgosto. É um dia importante para que a gente possa comemorar nossa resistência”, afirmou o parlamentar baiano.

Foto: Foto: Ricardo Stuckert/PR

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