No último fim de semana de 2024, o programa Craque da Voz chegou ao fim, revelando o novo narrador esportivo dos canais Globo. A baiana Manu Avena brilhou ao conquistar o terceiro lugar na disputa, sendo a única mulher a competir na final. Representando a Bahia e as mulheres no mercado da narração esportiva, Manu fez história em uma trajetória marcada por desafios e superação. Com uma carreira iniciada em 2018, Manu acumula feitos importantes, como a narração da Copa do Mundo da Rússia, da Copa do Nordeste, do Campeonato Baiano e seu papel como narradora oficial da TV do E.C. Bahia. No reality apresentado por Galvão Bueno e Karine Alves, Manu impressionou o público com sua técnica, carisma e o bordão contagiante: “vibra que vibra!”
Após o encerramento da competição, Manu compartilhou sua emoção com o público. “Chegou ao fim esta jornada incrível que vivi, sem dúvidas o maior desafio da minha vida e uma trajetória pra guardar na memória e no coração. A sensação é única. Sabe quando você se forma e tá ali na colação de grau? Pronto, parecido! É como olhar para tudo que foi construído, tendo a certeza de que o meu máximo foi deixado ali. Só eu sei dos meus calos, das minhas dores e dificuldades e do quanto é árduo seguir com este sonho. Mas não tem nada melhor do que sentir o carinho, as mensagens, os desejos de sucesso de tanta gente. Recebi muita força e isso não tem preço, jamais esquecerei.”
Com um discurso emocionante na final, a baiana destacou a importância do reality para o mercado da narração esportiva como fonte de estudo. “O programa foi fundamental para contribuir com meu aprendizado, e também para muitas outras pessoas que não têm oportunidades de realizar cursos. Ali na prática aprendi muitas coisas que eu não conhecia”, afirmou Manu, que destacou ainda uma mudança de estratégia para seguir na competição. “Tive que resistir, o que toda mulher faz desde sempre nessa profissão, pois enfrentamos muitos obstáculos para desconstruir estereótipos e ocupar esses espaços”.
O “Craque da Voz” não foi apenas um reality para Manu, mas uma plataforma que reafirmou sua missão de romper barreiras em um mercado ainda predominantemente masculino. Ser a única mulher na final e conquistar o terceiro lugar é mais do que uma vitória pessoal, é um símbolo de resistência e representatividade feminina no esporte. “O meu desejo é que as pessoas tenham mais oportunidade, principalmente as mulheres, e que exista preocupação em lapidar novos talentos e oferecer oportunidade para que as pessoas virem bons profissionais e ocupem novos espaços. Eu vou continuar narrando, resistindo e lutando para que a gente tenha cada vez mais espaços”, afirma Manu, que encerra essa etapa com orgulho e gratidão, pronta para continuar sua jornada com a força que inspira mulheres por todo o Brasil.