O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu abrir mão do recesso de fim de ano para acelerar o processo de denúncia contra os envolvidos em uma tentativa de golpe no Brasil, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Gonet permanecerá em Brasília para analisar os relatórios da Polícia Federal (PF) sobre os indiciamentos. As informações são de Luísa Martins, da CNN.
A avaliação é que investigações envolvendo pessoas já presas devem avançar mais rapidamente, a fim de evitar que as prisões preventivas se estendam sem uma acusação formal. Um exemplo disso é o general Braga Netto, que foi preso em 14 de dezembro.
Da mesma forma, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou à presidência da Corte que abrirá mão do recesso para continuar à frente dos processos sob sua relatoria. Com a atuação conjunta de Gonet e Moraes para analisar os casos ligados à tentativa de golpe, a expectativa é que a denúncia esteja pronta para julgamento pela Primeira Turma nas primeiras semanas de fevereiro.
Além de Bolsonaro e Braga Netto, outras 34 pessoas foram indiciadas pelo plano, incluindo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; o ex-ministro do GSI, Augusto Heleno; e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. De acordo com a PF, o grupo – em sua maioria composto por militares das Forças Especiais (FE), conhecidos como “kids pretos” – tinha como objetivo impedir a posse do governo eleito em 2022.
Foto: Isac Nóbrega/PR