O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) havia concluído, em 2020, um relatório sobre a Ponte Juscelino Kubitschek, que desabouu no domingo (22) entre os estados do Tocantins e Maranhão, matando duas pessoas e deixando 14 desaparecidas. O estudo apontou diversos danos estruturais na ponte, construída nos anos 1960, como fissuras em 14 dos 16 pilares, falhas nos blocos de fundação, paredes de travamento e reforços dos pilares, além de inclinações e defeitos visíveis. Apesar de classificar a estrutura como “ruim”, o relatório não indicava risco imediato de colapso.
Em 2024, o Dnit tentou contratar uma empresa para reabilitar a ponte, com um custo estimado de R$ 13,3 milhões, mas não obteve interessados. A licitação mencionava preocupações com vibrações excessivas e desgaste visível. Entre 2021 e 2023, o Dnit investiu R$ 3,5 milhões em manutenção no Tocantins, mas não detalhou os reparos na ponte. Agora, planeja gastar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões para reconstruir a estrutura, que será demolida em situação de emergência.
A ponte ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA) e apresentava sinais evidentes de deterioração, como buracos com ferragens expostas, fendas e desnível. O vereador de Aguiarnópolis, Elias Cabral Júnior, que estava registrando a ponte no momento do desabamento, comentou que a estrutura balançava com o peso dos carros, sinalizando a gravidade do problema.
Foto: Corpo de Bombeiros