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NA BAHIA, 8 EM CADA 10 INDÍGENAS VIVEM EM ÁREAS URBANAS

Victoria Isabel - 19/12/2024 15:35

O Censo Demográfico 2022 mostrou que a Bahia é o estado com a 2ª maior população indígena no Brasil: 229.443 pessoas, somando as que assim se declararam na pergunta sobre cor ou raça e aquelas que responderam positivamente à pergunta “Você se considera indígena?”. As pessoas indígenas são 1,6% de toda a população baiana, 5ª maior proporção entre os estados e o dobro da participação nacional: 0,8% da população brasileira é indígena, o que equivale a 1,695 milhão de pessoas.

Na Bahia, em 2022, 8 em cada 10 indígenas viviam em áreas urbanas: 78,5% do total, o que equivalia a 180.035 pessoas. A proporção de indígenas urbanos na Bahia era a 6ª maior entre os estados e estava muito acima da nacional.

No Brasil, 54,0% dos indígenas (914.746, em números absolutos) moravam em áreas urbanas, em 2022. Goiás (95,5%), Rio de Janeiro (94,6%) e Distrito Federal (91,8%) tinham mais de 9 em cada 10 indígenas concentrados em áreas urbanas, enquanto os menores percentuais estavam em Mato Grosso (17,3%), Maranhão (20,5%) e Tocantins (21,0%).

Frente a 2010, quando somava 60.120 pessoas, a população indígena baiana quase quadruplicou, crescendo 281,6%, o que representou mais 169.323 pessoas se declarando ou se considerando indígenas em 12 anos.

Nas áreas urbanas do estado, o número de indígenas quase quintuplicou, passando de 38.058, em 2010, para 180.035 em 2022 (+373,1%). Nas áreas rurais também houve crescimento importante, e a população indígena pouco mais que duplicou, de 22.062 para 49.408 pessoas (+124,0%), no período.

Assim, na Bahia, entre um Censo e outro, a taxa de urbanização indígena, ou seja, a proporção dessa população que morava em áreas urbanas, cresceu de 63,3% em 2010 para 78,5% em 2022 – um avanço de 15,2 pontos percentuais (pp). Também houve aumento da urbanização entre indígenas no país como um todo e em outras 14 das 27 unidades da Federação.

O crescimento baiano ficou um pouco aquém do verificado no Brasil: mais 17,8 pontos percentuais, de 36,2% para 54,0% dos indígenas urbanos, em 12 anos. Foi, no entanto, o 5º mais intenso entre os estados.

Amazonas (+43,6 pp), Alagoas (+19,0 pp) e Mato Grosso do Sul (+16,6 pp) tiveram os maiores avanços na taxa de urbanização indígena, entre 2010 e 2022, enquanto Rio Grande do Norte (-34,1 pp), Piauí (-28,4 pp) e Paraná (-6,6 pp) mostraram as quedas mais profundas.

 

Foto: Guilherme Cavalli/Cimi

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