A Bahia vai mal no que diz respeito à coleta e encaminhamento correto do lixo. Um levantamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 2023, aponta a presença de aterros sanitários em apenas 13,9% dos municípios do estado baiano. São 58 cidades com destinação adequada dos resíduos sólidos. A falta de aterros sanitários no estado acende um alerta não só para a limpeza urbana, como também para a saúde pública. Quando mal geridos, os resíduos podem gerar contaminação de solo e água, emissão de gases de efeito estufa e proliferação de doenças.
“O lixão e o aterro controlado são muito semelhantes, mas ambos se diferenciam do aterro sanitário. O lixão não possui nenhum tipo de controle, enquanto o aterro controlado, como o nome sugere, apresenta algum nível de gestão, porém sem garantir total adequação ambiental. Já o aterro sanitário foi construído para isso, portanto possui toda a estrutura necessária, como o tratamento do chorume, por exemplo”, explica a gerente da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, Fernanda Malta.
Os danos podem, eventualmente, ser reduzidos por meio da implementação de aterros, uma vez em que os resíduos ficam isolados do meio ambiente no local, com controle seguro de gases e efluentes. Com seus 13,9%, a Bahia ocupa a 11ª posição no ranking de estados com menos aterros sanitários, ficando abaixo, ainda, da média do país, de 28,6%. O manejo adequado de resíduos sólidos urbanos engloba a coleta, transporte, triagem para fins de reutilização ou reciclagem, tratamento (inclusive por compostagem) e descarte final dos resíduos domésticos e do serviço de limpeza urbana. (Correio)
Crédito: Shutterstock