Considerando a existência simultânea ou não de política, plano, programas, ações/serviços e equipamentos para a gestão e manejo adequados dos resíduos sólidos, é possível identificar municípios que são exemplos e os que são precários nessa área.
Na Bahia, em 2023, apenas 2 dos 417 municípios (0,5% do total) podiam ser considerados exemplares na gestão dos resíduos sólidos: Feira de Santana e Cruz das Almas. Eles apresentavam política municipal, plano municipal de gestão integrada, coleta seletiva, coleta de resíduos especiais, sistema de logística reversa, não tinham lixão e tinham programa de educação ambiental voltado para o tema.
No Brasil como um todo, 304 dos 5.570 municípios eram considerados exemplos (5,5%), distribuídos em 21 dos 26 estados mais o Distrito Federal.
São Paulo (116 municípios), Paraná (47) e Rio Grande do Sul (33) lideravam em número de cidades exemplos na gestão do lixo, a Bahia (2) ficava apenas em 12º lugar, empatada com Sergipe, Pernambuco, Piauí e Tocantins. Acre, Pará e Maranhão tinham apenas 1 município exemplo, cada um, enquanto Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima e Rio Grande do Norte não tinham nenhum.
No outro extremo, a Bahia tinha 27 municípios (6,5% do total) onde a gestão de resíduos sólidos era considerada precária. Eram cidades que não tinham política nem plano municipal de gestão integrada, nem coleta seletiva, nem coleta de resíduos especiais, nem sistema de logística reversa, tinham lixão e não tinham programa de educação ambiental em limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Dentre essas, as mais populosas, no estado, eram Barra da Estiva, Nova Soure e Queimadas, que têm entre 20 mil e 50 mil habitantes. As demais eram todas menores.
No Brasil, havia 156 municípios precários em gestão do lixo (2,8% do total), localizados em 15 dos 26 estados. O total da Bahia (27) era o 2º maior, só abaixo do verificado no Maranhão (42 municípios com gestão precária de lixo).
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil