A Bahia registrou taxa de desocupação 9,7% no 3º trimestre de 2024, a menor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNADC), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado está entre os sete que apresentaram queda significativa da taxa de desemprego na passagem do segundo para o terceiro trimestre do ano.
A taxa de desocupação caiu 1,4 p.p frente ao trimestre anterior, passando de 11,1% para 9,7%. Comparado ao resultado do 3º trimestre de 2023, a redução foi ainda maior, de 3,3p.p , o que representa uma redução de 262 mil pessoas em desocupação. Entre os ocupados no 3º trimestre de 2024 houve aumento de 5,5% (ou 89 mil) no número de empregados no setor privado, com carteira assinada, na comparação anual.
Entre as 11 atividades econômicas contabilizadas, nove apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas, com destaque para o setor de Serviços: aumento de 128 mil pessoas ocupadas, no 3º trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior. No subsetor de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais houve aumento de 36 mil pessoas, o que representou acréscimo de 3,0% na variação trimestral.
Serviços domésticos registraram elevação de 49 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, enquanto Outros Serviços apresentou aumento de 10,7% (ou 33 mil) no mesmo período de comparação. As únicas atividades com redução no número de ocupação foram a Construção e o setor de Transporte, Armazenagem e Correio.
Ao longo do ano, a Bahia tem liderado a geração de emprego no Nordeste, em quase todos os meses computados. A redução da taxa de desocupação decorre do aquecimento da economia, fruto de políticas públicas implementadas pelo governo Lula, aliadas às ações do Governo do Estado, avalia Davidson Magalhães, titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
“A política de valorização do salário mínimo e dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) tem um impacto significativo em um mercado de trabalho como o nosso. Além disso, temos os investimentos públicos, em programas como PAC, e os investimentos do Governo do Estado. A Bahia é o segundo estado brasileiro em investimentos públicos, ultrapassando os R$ 6 bilhões até outubro. O Governo do Estado tem investido, também, na qualificação profissional, preparando mão de obra para ocupar os postos de trabalho”, pontuou.
Os investimentos em cursos de qualificação profissional, em 2024, ultrapassam os R$ 30 milhões. Um exemplo é o Qualifica Industrial, que contou com investimento de R$ 1,9 milhão e certificou 472 trabalhadores, concluintes dos cursos preparatórios para seleção da montadora BYD. Até 2026, o Programa Manuel Querino, parceria com o Governo Federal, deve qualificar mais de 17 mil pessoas em 202 municípios baianos.
Foto: Yago Matheus/Setre Bahia