A resolução que habilita o projeto de etanol da Inpasa Agroindustrial no Probahia foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta terça-feira (12/11/2024). Com investimentos de R$ 1,8 bilhão, o projeto, localizado em Luís Eduardo Magalhães, foi aprovado durante a reunião dos conselhos deliberativos do Probahia e do Desenvolve, realizada em 31 de outubro. Na ocasião, 42 processos de incentivos fiscais foram analisados, totalizando R$ 5,4 bilhões em investimentos e a criação de 2,8 mil vagas de emprego.
Outro empreendimento aprovado pelo conselho é o da Biocombustíveis do Oeste, em Jaborandi, cuja resolução será publicada em breve no DOE. Ambos os projetos foram viabilizados por decreto assinado em setembro pelo governador Jerônimo Rodrigues, que instituiu novos incentivos fiscais para a produção de etanol no estado. O decreto prevê crédito presumido de ICMS nas operações com etanol anidro e hidratado, além de benefícios para o processamento de DDGs, coprodutos da indústria de etanol de milho utilizados na alimentação animal, que devem fortalecer a pecuária intensiva da região.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente dos conselhos Probahia e Desenvolve, Ângelo Almeida, destacou a relevância do investimento para o setor energético baiano. Segundo ele, as novas usinas permitirão que a Bahia atinja a autossuficiência na produção de etanol e se torne exportadora do produto, além de fomentar o uso de energia renovável. Ele afirmou que os esforços do governo estão alinhados com a redução das desigualdades sociais, a inclusão econômica e a descentralização de renda.
Os conselhos responsáveis pela aprovação desses incentivos são compostos por representantes das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Rural, Agricultura, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, além do Desenbahia.
Perspectivas para a produção de biocombustíveis
A pedra fundamental da nova planta da Inpasa Agroindustrial foi lançada em outubro em Luís Eduardo Magalhães. Com operações previstas para o primeiro trimestre de 2026, a usina processará milho cultivado localmente para produzir etanol anidro, hidratado e neutro, além de proteína para ração animal e óleo de milho. A Inpasa, que já é reconhecida como a maior produtora de biocombustíveis da América Latina, expande suas operações para o Brasil com esta unidade.
Outro projeto na região é o da Biocombustíveis do Oeste S/A, que também utilizará milho como matéria-prima, abrangendo uma área de 200 mil hectares nos municípios de Cocos, Correntina e Coribe. A unidade contribuirá para a absorção da produção agrícola local e diversificação econômica no Oeste baiano.