O Censo mostrou que, em 2022, as pessoas que moravam em favelas na Bahia tinham indicadores de acesso domiciliar aos três serviços de saneamento básico (abastecimento de água, coleta de esgoto e destino do lixo) melhores do que a população do estado em geral.
Além disso, a cobertura domiciliar superava 95,0% da população nos três serviços e, em dois deles, abastecimento por rede de água e coleta de esgoto, o estado liderava nacionalmente, com os maiores índices de atendimento.
Quase a totalidade das pessoas que moravam em domicílios particulares ocupados em favelas na Bahia tinham a rede geral como fonte principal de abastecimento de água: 98,1%. Na população total do estado, essa proporção ficava em 82,7%.
A percentagem de moradores de favelas atendidos por rede geral de água na Bahia ficava acima da nacional e era a maior entre os estados. No Brasil, 85,6% dos moradores de favelas tinham a rede geral de água como principal fonte de abastecimento, frente a 82,9% da população em geral.
Em Salvador, 99,2% dos moradores de favela tinham a rede geral de água como principal fonte de abastecimento, proporção quase idêntica à da população em geral da capital (99,1%).
A diferença mais significativa estava no acesso à coleta de esgoto por rede geral, pluvial ou fossa séptica ligada à rede. Na Bahia, 88,8% dos moradores de favelas viviam em residências atendidas por esse tipo de esgotamento sanitário, frente a 52,2% da população em geral do estado.
A proporção de atendimento na Bahia também era a maior entre os estados e bem superior à nacional. No Brasil, 73,3% das pessoas que viviam em favelas e comunidades urbanas tinham esgotamento sanitário por rede de coleta ou fossa séptica ligada à rede, frente a 62,5% da população em geral.
Em Salvador, 94,1% da população em favelas morava em domicílios particulares com coleta de esgoto por rede geral ou fossa séptica ligada à rede, percentual muito próximo ao verificado na população em geral (94,7%).
O lixo era coletado diretamente (porta a porta) ou indiretamente (por meio de caçamba do serviço de limpeza) nos domicílios de 96,6% das pessoas que moravam em favelas na Bahia. Para a população baiana em geral, esse percentual era de 82,7%.
O percentual de moradores de favelas atendidos por coleta de lixo domiciliar na Bahia era bem próximo ao do Brasil como um todo, onde 96,7% tinham acesso a esse serviço (frente a 90,9% da população em geral). Entretanto, mesmo alta, a proporção baiana era apenas a 12ª entre os 27 estados.
Em Salvador, 97,1% das pessoas que moravam em domicílios particulares em favelas tinham o lixo coletado direta ou indiretamente, proporção discretamente menor do que a da população em geral (98,1%).
Foto: Divulgação/IBGE