Alquimia, curiosidade e muita baianidade. Tradicional iguaria baiana, o acarajé foi destaque nos stands do Summit de Negócios Made in Bahia, mas em forma de cachaça. A bebida pitoresca foi desenvolvida pelo sommelier Raimundo Freire, expositor no evento. Nesta quinta-feira, 31, segundo dia de Summit, Raimundo explicou que a ideia surgiu durante um concurso de coquetelaria, e o objetivo era fazer algo que tivesse a cara da Bahia. A entrevista foi concedida ao portal A Tarde.
“Isso foi um desafio para um drink em um concurso de coquetelaria, que eu também sou bartender. A ideia era fazer algo inusitado que remetesse a cara da Bahia. Nada melhor para traduzir a Bahia do que acarajé”, afirmou Raimundo.
A experiência até o momento tem dado certo, de acordo com o sommelier, que pontuou ainda que seu objetivo é manter a produção em pequena escala. Ele disse também que a confecção de cachaça para ele é uma “missão de vida”.
“As pessoas estão gostando, é uma produção extremamente artesanal, e eu não quero sair dessa posição de um produto de pequeno para poucos e perder esse sentido do artesanal. Quem experimentou vai dizer “é acarajé”, e eu vou mudar o modus operandi do baiano, sair do “eu vou comer acarajé” para o “eu vou beber acarajé”. Eu me divirto com o que eu faço”, disse o sommelier.
A produção da cachaça de acarajé dura em torno de 15 a 20 dias. Ele descartou o uso de qualquer essência, e afirmou usar o acarajé e todos os seus complementos para fazer acontecer a ‘magia’.
“Dura algo em torno de 15, 20 dias, esse é o tempo ideal para que aconteça a mágica dentro do recipiente onde estão o álcool e o acarajé, que é um acarajé completo. É o bolinho do acarajé, pimenta, salada e camarão”, explicou.
(A TARDE)