Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos municípios avaliados na Bahia, 11,9% dos moradores expostos a áreas de risco não dispunham de acesso à rede geral de esgoto ou fossa séptica. O estado, porém, destoa da Região Nordeste como um todo (34,5%), já que os demais estados da região apresentam percentuais acima dos 40%, sendo o Maranhão o estado com o percentual mais alto (69,9%).
A Região Norte apresentou o percentual mais elevado, entre as Grandes Regiões, de inadequação das condições de esgotamento sanitário, sendo que 70,7% dos moradores em áreas de risco estavam nesta situação. Na Região Centro-Oeste, esse percentual era de 52,5%; Na Região Sudeste, 17,7%; enquanto na Região Sul, 19,7% dos habitantes em áreas de risco residiam em domicílios sem acesso a esgotamento sanitário adequado. O esgotamento sanitário inadequado e a presença de fossas rudimentares em áreas de riscos foram identificados como condicionantes antrópicos que favorecem a ocorrência de deslizamentos, além de acelerar a erosão do terreno em declive e aumentar a possibilidade de deslizamentos.
Nos 46 municípios avaliados na Bahia, 4,7% de moradores em áreas de risco não possuíam destinação de lixo adequada. Em situações específicas, onde não há coleta de lixo o descarte inadequado pode favorecer a sua concentração de fluxos nas encostas, aumentando o risco de deslizamentos, além de entupir os bueiros, o que impede o escoamento das águas, intensificando os processos de inundações e alagamentos. A Região Norte apresentou maior percentual de moradores sem destinação adequada de lixo, com 14,1% dos domicílios nessa situação, seguida da Região Nordeste com 6,6%. As demais Grandes Regiões apresentaram valores inferiores a 3,0%.