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CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DIZ QUE 8% DAS FARMÁCIAS NA BAHIA OPERAM ILEGAIS

João Paulo - 23/10/2024 13:00

Dados revelados pelo Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA) apontam que 9.607 farmácias registradas na Bahia, cerca de 8%, ou seja, 786 farmácias, operam de forma irregular, sem a presença de profissionais habilitados, enquanto outras 80 funcionam sem registro, sendo classificadas como ilegais. Essa ausência compromete diretamente a qualidade dos serviços farmacêuticos oferecidos à população, algo que o CRF-BA tem combatido por meio de suas fiscalizações.

Até setembro de 2024, foram realizadas 16.289 inspeções, resultando em 1.487 autos de infração. O presidente do CRF-BA, Mário Martinelli Júnior, destacou a gravidade da situação. “Das 9.607 farmácias registradas na Bahia, 8% estão funcionando sem a presença desse profissional farmacêutico. Isso é um risco para a saúde pública que estamos trabalhando arduamente para corrigir”. A fiscalização realizada pelo CRF conta, algumas vezes, com parceria com órgãos como a Vigilância Sanitária, o Procon e, em casos extremos, a Polícia Civil.

Na manhã de ontem, por exemplo, uma equipe de fiscalização do Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA) esteve em uma drogaria, na Avenida Milton Santos, como parte das operações rotineiras para verificar a regularidade dos estabelecimentos farmacêuticos no estado. De acordo com Anderson Porto, coordenador de fiscalização do CRF-BA, a farmácia estava em plena conformidade com a legislação. “Está com farmacêutico presente, a documentação está em ordem, a certidão de regularidade técnica do CRF e o alvará sanitário”, detalhou Porto.

O coordenador de fiscalização reforçou a importância das fiscalizações contínuas para garantir que todas as farmácias estejam em conformidade com a lei. “Fiscalizamos cada farmácia três vezes ao ano, mas, em casos de reincidência, podemos intensificar essas visitas”, afirmou. Com as fiscalizações, o CRF-BA espera reverter esse cenário preocupante, que afeta principalmente as regiões mais carentes. “Infelizmente, a maior incidência de irregularidades está justamente onde a população mais depende do atendimento rápido e gratuito que as farmácias oferecem”, observou Porto. Ele ainda destacou que, nesses locais, a falta de um farmacêutico pode levar ao agravamento de quadros de saúde.

Foto: Imagem de hosny salah por Pixabay

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