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POLÍCIA FEDERAL VAI INVESTIGAR CASO DE PACIENTES QUE RECEBERAM ÓRGÃOS COM HIV, DIZ GOVERNO

João Paulo - 12/10/2024 07:59 - Atualizado 12/10/2024

A Polícia Federal vai investigar o caso de seis pacientes no Rio de Janeiro que receberam transplante de órgãos contaminados com o vírus do HIV. A informação da investigação da PF é do Ministério da Justiça. Esses pacientes estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). Os órgãos infectados pelo HIV partiram de de 2 doadores. Agora, os seis pacientes testaram positivo para o vírus.

A notícia foi dada pela BandNews FM nesta sexta-feira (11). À TV Globo e ao g1, a Secretaria confirmou as informações e que investiga o caso. O incidente também é apurado por Ministério da Saúde, Ministério Público do RJ (MPRJ), Polícia Civil e Conselho Regional de Medicina (Cremerj).

O caso é considerado inédito por especialistas no país. Diretor diz que gestão da Central de Transplantes não foi consultada sobre contratação de laboratório investigado após testes positivos de HIV. O Sistema Nacional de Transplante tem critérios rigorosos para o rastreio de doadores de órgãos, que seguem portarias estabelecidas em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todos os órgãos doadores devem passar por testes de sorologia para HIV, hepatite B, hepatite C, HTLV e outras infecções.

Além disso, o rastreio leva em conta o contexto geográfico. Por exemplo, a doença de Chagas é investigada na América Latina, mas não na Europa ou nos Estados Unidos. Já os testes para HIV, hepatite B e hepatite C são obrigatórios, e no Brasil, não se aceita um doador HIV positivo para transplante. O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, classificou de “situação gravíssima” o transplante com órgão contaminados.

“Situação gravíssima que põe em risco a confiança de quem já está numa condição de saúde tão delicada, precisando de um transplante, o que por si só já é uma grande preocupação. Agora, esse evento só aumenta ainda mais a aflição do paciente”, afirmou Barra Torres.

 

Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

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