Assim como abrigava a 2ª maior população indígena do país, em 2022 a Bahia também tinha o 2º maior número absoluto de indígenas que, com 15 anos ou mais de idade, não sabiam ler nem escrever um bilhete simples, ou seja, não eram alfabetizados. Eles somavam 29.785 pessoas, que representavam 16,0% das 186.133 nesse grande grupo etário.
A taxa de analfabetismo entre os indígenas baianos (16,0%) era 27,0% mais alta do que a verificada para o total da população de 15 anos ou mais de idade (12,6%). Era ainda a 11ª maior entre as 27 unidades da Federação.
No Brasil como um todo, das 1.187.246 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, 178.707 não eram alfabetizadas, numa taxa de analfabetismo de 15,1%, abaixo, portanto, da baiana. Maranhão (27,4%), Acre (24,0%) e Piauí (22,4%) tinham as maiores proporções de indígenas não alfabetizados; Rio de Janeiro (5,0%), Distrito Federal (5,5%) e São Paulo (5,6%), as menores.
Nacionalmente, a taxa de analfabetismo entre indígenas (15,1%) era pouco mais do que o dobro da taxa da população em geral (7,0%). A diferença no país era bastante superior à da Bahia, onde a taxa das pessoas indígenas era 3,4 pontos percentuais maior do que na população em geral (16,0% frente a 12,6%), a 8ª menor diferença entre os 27 estados, empatada com a do Espírito Santo.
Frente a 2010, a taxa de analfabetismo da população indígena como um todo diminuiu no Brasil e em 23 das 27 unidades da Federação. Na Bahia, a redução foi de -3,2 pontos percentuais (p.p.), de 19,2% para 16,0%. Nacionalmente a queda foi mais expressiva, de 23,4% para 15,1% (-8,3 p.p.).
Nesses 12 anos, as maiores reduções na taxa de analfabetismo indígena ocorreram em Amazonas (-19,0 p.p.), Acre (-15,8 p.p.) e Pará (-13,0 p.p.). A Bahia teve apenas a 18ª queda mais intensa, e como esse recuo foi menor do que na maior parte dos estados, acabou subindo no ranking nacional do analfabetismo indígena, de 14ª taxa em 2010 para 11ª em 2022.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil