A arrecadação federal bateu novo recorde para agosto, alcançando R$ 201,622 bilhões no mês, segundo dados da Receita Federal divulgados nesta quinta-feira (19). O número representa um acréscimo real (descontada a alta da inflação no período) de 11,95% em relação a agosto de 2023.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, a arrecadação federal alcançou o valor de R$ 1,731 trilhão. Os números representam o melhor desempenho arrecadatório da série histórica iniciada pela Receita em 1995, tanto para o mês de agosto quanto para o período.
Segundo o Fisco, a elevação foi puxada pela aceleração do emprego e recolhimento de impostos previdenciários e PIS/PASEP, retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior.
Além disso, a pasta também contabilizou a volta do recolhimento de tributos no Rio Grande do Sul, no valor de R$ 3,6 bilhões. O recolhimento havia sido paralisado pela calamidade pública que atingiu o estado em maio. Segundo o Fisco, a arrecadação de setembro também terá impacto positivo pelo mesmo motivo.
Em coletiva de imprensa para comentar os resultados do mês, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, afirmou que no relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que será apresentado até o começo da próxima semana, constará uma reestimativa de ganhos com medidas que foram aprovadas pelo Congresso Nacional e que não tiveram o desempenho esperado.
Desonerações
Em agosto, a renúncia fiscal com as desonerações atingiu a marca de R$ 10,1 bilhões pelo segundo mês consecutivo, segundo a Receita. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, R$ 82,5 bilhões deixaram de entrar nos cofres públicos. No entanto, o número acumulado é 14,1% maior que o registrado em julho, de R$ 72,3 bilhões.
(CNN)
Foto: Marcello Casal Jr