Segundo dados do Banco Central do Brasil, as finanças do Brasil voltaram a contrair em julho. Segundo os números, o país registrou um resultado melhor do que o esperado, depois de ter mostrado resiliência no primeiro semestre. A tabela de Atividades Econômicas do BC (IBC-Br), é considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), que recuou 0,4% em julho na comparação com o mês anterior em dado dessazonalizado.
Os números marcaram uma forte perda de forças em relação ao avanço de 1,4% de junho, mas ainda assim foi melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,9%. Essas projeções do BC mostraram ainda que, na comparação com o mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 5,3% no mês de julho, enquanto no acumulo em 12 meses se passou um avanço de 2,0%.
“Me parece que a queda se deve ao recuo na indústria (-1,4%), agronegócio e o menor ímpeto da balança comercial”, avaliou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
A corretora prevê essa expansão de 0,6% do PIB no 3º trimestre e crescimento de 3% no ano de 2024. Os números de julho serão avaliados pelo Banco Central na reunião de política monetária da próxima semana, quando irá decidir sobre a taxa básica de juros Selic, atualmente em 10,5%. Além disso, nesta Sexta-feira (13), a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda atualiza suas projeções para PIB e inflação com divulgação do Boletim Macrofiscal de setembro.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já informou que o governo revisaria a projeção oficial para o crescimento do PIB de 2024 para pelo menos 3%. Pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mostra que a expectativa para a expansão do PIB este ano é de 2,68%, indo a 1,90% em 2025. O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.
Foto: (Tânia Rêgo/Agência Brasil)