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INFLAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR FOI PUXADA PELOS SETORES DE TRANSPORTE E SAÚDE

Matheus Souza - 10/09/2024 16:58

A inflação de agosto na Região Metropolitana de Salvador (0,03%) foi resultado de altas nos preços em 7 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.

Os transportes (1,14%) registraram o maior aumento e exerceram a principal pressão inflacionária no mês, influenciada, principalmente, pelas altas dos combustíveis (4,66%), em especial, da gasolina (4,67%), que foi o item que mais pressionou a inflação na região, e do etanol (8,73%).

Em agosto, os transportes registraram a sua maior alta mensal na RM Salvador desde dezembro de 2023 (1,23%) e o maior índice para o mês em 5 anos, desde agosto de 2019 (1,55%).

O grupo saúde e cuidados pessoais (0,33%) apresentou, em agosto, o 4º maior aumento, mas exerceu a 2ª maior pressão inflacionária. O resultado foi influenciado pelas altas dos produtos farmacêuticos (ou remédios) (0,95%) e do plano de saúde (0,58%)

Por outro lado, apenas dois grupos não registraram aumento médio de preços em agosto, na RMS: habitação (0,00%), que apresentou estabilidade, e o de alimentação e bebidas (-1,44%), que contou com importante queda de preços.

Em relação à habitação, o grupo contou com a queda de preços da energia elétrica residencial (-2,72%), item que mais segurou o IPCA da RM Salvador em agosto. Por outro lado, os aumentos da taxa de água e esgoto (5,43%) e do gás de botijão (1,47%) estiveram entre os mais relevantes para aumentar o índice da região.

Já a redução de preços da alimentação na RMS em agosto (-1,44%) foi a mais intensa para a região em quase 7 anos, desde novembro de 2017 (-1,53%). O grupo registrou deflação pelo segundo mês consecutivo, com uma aceleração na queda frente a julho (quando havia sido de -0,67%).

A principal influência para a queda de preços dos alimentos na RMS veio dos tubérculos, raízes e legumes (-20,79%), em especial, do tomate (-34,98%), da cebola (-21,96%) e da batata-inglesa (-15,33%). Também houve importantes reduções vindas do pão francês (-3,69%) e das carnes (-1,24%).

Dos 10 produtos e serviços cujos preços mais diminuíram em agosto, na RMS, 9 foram alimentos, liderados por tomate, cenoura (-21,98%) e cebola. A única exceção veio do aluguel de veículo (-8,99%).

Todos os 10 produtos e serviços cujos preços mais diminuíram em julho, na RMS, foram alimentos, liderados por cenoura (-25,95%), tomate (-22,31%) e mamão (-12,56%). Além deles, itens que têm pesos importantes nas despesas das famílias, como a cebola (-9,54%), o biscoito (-1,96%) e o queijo (-1,87%), também contribuíram para puxar o IPCA para baixo.

Por outro lado, a banana-prata (12,46%) foi o produto com o maior aumento médio de preços na RMS, em agosto.

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