Sancionado no dia 1º de agosto deste ano, o novo modelo de ensino médio apresenta várias mudanças e benefícios em comparação ao anterior, como currículo flexível, aumento da carga horária, formação técnica e profissional, desenvolvimento de habilidades práticas e atividades extracurriculares. A partir de 2025, a flexibilização do currículo permitirá que os estudantes escolham itinerários formativos, alinhados com seus interesses e aspirações profissionais, o que pode estimular a motivação e o engajamento.
“A nova estrutura curricular busca equilibrar a flexibilidade dos itinerários com uma base sólida de conhecimentos gerais, garantindo uma formação ampla e robusta. Com investimentos em infraestrutura, formação adequada dos professores e planejamento estratégico, espera-se que o novo modelo de ensino médio melhore a oferta e a qualidade dos itinerários formativos”, explicou Graciela Coracini, diretora da Land School Federação.
Outra mudança significativa é a redistribuição das horas do currículo, que passou de 1.800 para 2.400 horas, garantindo uma formação mais ampla e consistente. O objetivo é proporcionar uma base sólida de conhecimentos essenciais e permitir certa flexibilidade, para que os alunos possam se especializar em áreas de seu interesse. Com essas mudanças, o foco no desenvolvimento de competências e habilidades prepara melhor os estudantes para os desafios do mercado de trabalho e da vida adulta, oferecendo uma formação mais relevante e adaptada às demandas contemporâneas.
“A Land School Federação pretende implementar as orientações do novo modelo de ensino médio, por meio de um plano estratégico, que inclui a capacitação contínua dos professores e a atualização do currículo. Em comparação com a abordagem anterior, haverá um enfoque maior no desenvolvimento de competências e de habilidades, e nossa escola já está alinhada com essa abordagem, pois trabalhamos concomitantemente com o currículo do International Baccalaureate (IB), por meio dos Approaches to Learning (ATL). Esses princípios já são integrados em nossa prática pedagógica, promovendo a formação integral dos alunos e preparando-os para desafios acadêmicos e profissionais”, complementou Graciela Coracini, diretora da Land School Federação.
Ao adotar as diretrizes do novo modelo de ensino médio, a Land School Federação continuará a utilizar a metodologia do IB para garantir que as competências e habilidades sejam desenvolvidas de maneira eficaz. O IB é um programa de ensino internacional rigoroso e abrangente, que visa formar alunos para os desafios do mundo globalizado. Entre suas principais características, estão abordagem holística, pensamento crítico, comunicação eficaz e consciência global. Além disso, haverá investimentos na formação específica dos docentes e na atualização contínua do currículo.
“Trabalharemos em estreita colaboração com a comunidade escolar para assegurar que as mudanças sejam implementadas de forma a atender às necessidades dos alunos, com auxílio, por exemplo, do contínuo incentivo ao desenvolvimento de habilidades práticas e atividades extracurriculares, que estejam alinhadas com as expectativas da sociedade e do mercado de trabalho”, ressaltou Graciela Coracini, diretora da Land School Federação.
ENEM
Em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a aplicação da reforma terá de ser feita de maneira escalonada, ou seja, para o 1º ano do ensino médio o exame será aplicado em 2025, para o 2º ano, em 2026, e para o 3º ano, em 2027.
Essa divisão permitirá que professores e estudantes se adaptem gradualmente. No entanto, é crucial continuar a discussão sobre as formas de ingresso nas universidades que considerem a trajetória educacional dos estudantes, proporcionando uma avaliação mais holística de suas habilidades e competências.
Além disso, embora a reforma do ensino médio resulte em mudanças na estrutura curricular, houve poucas alterações diretas que impactam imediatamente o ENEM. Uma proposta que visava integrar os itinerários formativos aos conteúdos do Exame foi vetada, mantendo o foco mais alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O ENEM tem evoluído ao longo dos anos, tornando-se cada vez menos conteudista e mais orientado para a avaliação de competências e habilidades. No entanto, ainda existe uma crítica significativa ao formato de ingresso nas universidades brasileiras. A trajetória escolar dos estudantes não é suficientemente considerada e isso pode limitar a avaliação completa das suas capacidades e potencialidades.
“Nossa abordagem busca promover autonomia, responsabilidade e protagonismo dos nossos alunos, preparando-os para serem cidadãos ativos e conscientes. Por meio de metodologias inovadoras e de um currículo diversificado, proporcionamos uma educação que realmente faz sentido para o mundo contemporâneo e para as aspirações individuais”, concluiu Lucas Stasi, vice-diretor e coordenador pedagógico do ensino médio da Land School Federação.
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